O ex-presidente Lula e seu irmão Frei Chico foram citados na Lava-Jato de São Paulo.
De acordo com o portal GOSPELPRIME, Frei Chico recebeu cerca de 1 milhão de reais.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, e seu irmão Frei Chico nesta segunda-feira (09/09) foram denunciados através da Lava Jato de São Paulo por ação de corrupção.
Frei Chico, foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter ganhado cerca de R$ 1.131.333,12, mediante o pagamento de “mesada” que estimasse o valor entre R$ 3 mil a R$ 5 mil.
De acordo com os procuradores, o pagamento fazia parte de um “pacote” de privilégios inadequados oferecidos a Lula, só que em troca de benefícios variados adquiridos pela Odebrecht junto ao governo federal.
“Esta série de circunstâncias (pagamento em espécie e menção no sistema de propina) evidencia que, longe de constituir mera liberalidade de uma companhia em favor de um particular, tal ‘mesada’ recebida por Frei Chico era, na realidade, intimamente ligada ao cargo de Presidente da República que seu irmão Lula, a partir de 2003, passara a exercer”, apontam os procuradores.
Essa é a segunda acusação realizada pela Lava-Jato de São Paulo contra o petista, que está cumprindo sua pena por ato de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme a denúncia, Frei começou a ter contato com a Odebrecht a partir dos anos 1990.
No período, trabalhadores que atuavam no setor químico e petroquímico tinham uma resistência ao Programa Nacional de Desestatização, que estava em operação.
O então presidente da Odebrecht, Emilio Odebrecht, se aproximou de Lula, que sugeriu a contratação de FeiChico como consultor para fazer a intermediação de diálogo entre a empresa e os colaboradores.
O irmão de Lula foi contratado e passou a receber remuneração pela consultoria efetivamente prestada á Odebrecht no ambiente sindical.
Em nota, o advogado de Lula, conta que a acusação “não descreve e muito menos comprova qualquer ato ilegal praticado pelo ex-presidente” e argumenta que o ex-presidente “jamais ofereceu ao Grupo Odebrech qualquer ‘pacote de vantagens indevidas'”. “Mais uma vez o Ministério Público recorreu ao subterfúgio do “ato indeterminado”, numa espécie de curinga usado para multiplicar acusações descabidas contra Lula. O ex-presidente também jamais pediu qualquer vantagem indevida para si ou para qualquer de seus familiares”, relata.