China exige que haja contagem nas cidades de quantos cidadãos que crêem em Deus
Os funcionários necessitam declarar o serviço de contagem ao governo federal e ao municipal duas vezes por dia
O Estado maior da China reforçou sua oposição ao cristianismo nos últimos meses, forçando as autoridades locais a seguir uma contagem do número de cidadãos que professem sua fé em Deus.
O PCC (Partido Comunista da China) está intimidando os trabalhadores nas cidades e aldeias com ameaças caso o número da contagem estiver errado. Nessa situação, três funcionários do próprio governo na cidade de Yongcheng, na província de Henan, foram afastados em Abril de 2019, pois seu relatório apresentou números muito baixos ao esperado pelo governo.
As testemunhas, alguns declararam: “O governo está levando a questão da religião muito a sério agora”, afirmou um oficial do governo, que controla a liberdade religiosa no país, da província de Henan à Bitter Winter.
“Todos os dias, eles nos perguntam quantas pessoas em nossa aldeia acreditam em Deus. Se dissermos que não há crentes, eles alegam que estamos ocultando o que sabemos e não o reportamos”, declarou.
“Se acharem que não informamos a situação com sinceridade, seremos punidos. Agora, temos que relatar nosso trabalho ao governo municipal duas vezes por dia. Também precisamos preencher um formulário à noite. Estamos tão ocupados que não temos tempo livre”, protestou o oficial.
Outras alegações, uma autoridade local afirmou que uma “atenção especial é dada a este trabalho. É como se nossas vidas estivessem sendo ameaçadas”. Ele expõe que “depois de denunciar alguém, temos que restringir seus movimentos e relatar sua situação todos os dias.”
Essa autoridade local, citada anteriormente, disse que ao conversar com Bitter Winter afirmou que Pequim receia que o número de cristãos ainda esteja aumentando rapidamente e ainda que os fies possam arruinar a mensagem do PCC – ou até mesmo assolar o Governo central. Além disso, o Regime Comunista Chinês assegura que “medidas devem ser tomadas, e o número de crentes não pode continuar crescendo”
Outrossim, os funcionários do governo utilizam uma plataforma de conversação, o WeChat, como objetivo de partilhar informações sobre os cristãos e outros fiéis. As declarações de um oficial em Jiangxi confirmam: “Tudo é enviado para ele: as últimas ordens de autoridades superiores, o status de inspeções regulares de locais religiosos, fotos de crentes e seus movimentos durante feriados religiosos, atividades em locais fechados para reuniões. Funcionários superiores podem facilmente verificar a situação religiosa em áreas locais. Eles podem até lidar com qualquer assunto, independentemente da importância, e realizar monitoramento remoto em tempo real.”