Caio Fábio relembra história de vida do profeta Gentileza

O Reverendo Caio Fábio usou suas redes sociais para relembrar um das figuras icônicas da cidade do Rio de Janeiro e que expressava um cristianismo sem Jesus. O conhecido profeta Gentileza, era um homem que vivia a pregar pelas ruas do Rio de Janeiro e pintava muros com frases de efeito que o imortalizara na mente dos cariocas e dos brasileiros.

Caio Fabio escreveu sobre o profeta e fez suas considerações sobre a mensagem de amor que o andarilho pregava. Veja abaixo:

“GENTILEZA PREGOU AMOR E BONDADE CONTRA MALES DO “CAPETALISMO”

Na tarde de 17 de dezembro de 1961, um funcionário demitido do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, Rio de Janeiro, ateou fogo à lona durante um espetáculo. Cerca de 400 pessoas morreram, em sua maioria crianças. Seis dias depois, um empresário de nome José da Trino(ou Datrino) deixou tudo o que tinha, incluindo esposa e filhos, para consolar as vítimas. Mudou-se para o local, onde plantou um jardim com flores.

Nos 15 anos seguintes, andaria pelas ruas, ônibus e barcas do Rio pregando a bondade. Seu lema: gentileza gera gentileza. Andarilho na Cidade Maravilhosa, ele dizia que era “amansador dos burros-homens da cidade que não tinham esclarecimento’. Via o circo como metáfora do mundo: redondo e pegando fogo por culpa do “capetalismo”, como costumava dizer.

Não professava religião, pelo contrário, criticava e amaldiçoava padres, pastores e até o Papa. Nos anos 1980, pintou mensagens em 55 pilastras do viaduto do Caju, próximo à rodoviária da cidade: “Meus filhos, bem-vindo ao Rio”… Gentileza que gera gentileza, amor, beleza, perfeição, bondade e riqueza.” Queria que sua mensagem, de amor e bondade chegasse a outros cantos do planeta. Por vezes foi confundido com mendigo.

Quando alguém lhe oferecia esmolas, recusava e dizia: “Não quero seu dinheiro. Quero seu espírito para Deus”. Doente, faleceu em 29 de maio de 1996, próximo à família na cidade de Mirandópolis, em São Paulo”, disse o pastor.