Itamaraty rebate a França por não cumprir com sua palavra.
Na nota publicada pelo ministro, ele cobra o cumprimento do acordo de Paris.
O (MRE), Ministério das Relações Exteriores, publicou nesta última segunda-feira dia 26, uma nota, a qual cobrava o G7, grupo de países mais ricos, o cumprimento do Acordo de Paris e fazendo uma critica pela atitude do governo francês, em questão sobre suas declarações a respeito às queimadas na Amazônia.
A nota enviada pelo Palácio do Planalto foi em resposta à proposta do G7, a qual o grupo ofereceu US$ 20 milhões para combater incêndios na Amazônia. O Planalto nesta nota recusou a doação do G7, o presidente Francês, Emmanuel Macron ao receber a resposta declarou que está aberto o debate para a internacionalização da Amazônia.
Na nota do Itamaraty está escrito, “Quando foi aprovado o Acordo de Paris em 2015, os países desenvolvidos comprometeram-se a mobilizar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático para os países em desenvolvimento até 2020, compromisso que não está sendo cumprido nem remotamente” e o ministério pediu a França que ela trabalhe com seriedade, “ao invés de lançar iniciativas redundantes, com montantes que ficam muito aquém dos seus compromissos internacionais, e com insinuações ambíguas quanto ao princípio da soberania nacional”.
De acordo com O GLOBO a nota do MRE dizia assim:
O Governo brasileiro tem acompanhado notícias veiculadas a respeito de um suposto lançamento de novas iniciativas relacionadas à Amazônia, que teriam por objetivo declarado o de apoiar a atividades de reflorestamento na Floresta Amazônica.
O Governo brasileiro recorda àqueles que estão aventando a possibilidade de lançar tais iniciativas o fato de que já existem vários instrumentos, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), para financiar atividades de redução do desmatamento e de reflorestamento.
Quando foi aprovado o Acordo de Paris em 2015, os países desenvolvidos comprometeram-se a mobilizar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático para os países em desenvolvimento até 2020, compromisso que não está sendo cumprido nem remotamente.
Situação atual: O Brasil já teve reduções reconhecidas de 6 bilhões de toneladas equivalentes de CO2 provenientes do combate ao desmatamento. Essas reduções, cujo valor foi estimado em US$ 30 bilhões, ainda aguardam pagamento por parte da França e de outros países desenvolvidos.
Espera-se da França – e de outros países que porventura apoiem suas ideias – que se engajem com seriedade nessas discussões no âmbito da UNFCCC, ao invés de lançar iniciativas redundantes, com montantes que ficam muito aquém dos seus compromissos internacionais, e com insinuações ambíguas quanto ao princípio da soberania nacional.
O Brasil está pronto para avançar soberanamente, em consonância com os instrumentos internacionais de que somos parte e nossa própria política ambiental, na implementação de ações concretas de combate ao desmatamento e à degradação de florestas, particularmente na Amazônia.
OBS algumas partes foram retiradas, para ler a nota completa acesse o site: