No último dia 24 de novembro, o pastor Lourival Pereira segurou o microfone com mãos firmes, mas a voz embargou ao anunciar: *”Hoje, 429 almas renascem em Cristo”*. O som dos aplausos ecoou pelo maior templo da Igreja Quadrangular no Brasil, enquanto o cheiro de água benta misturava-se ao suor da multidão.
Na Linha de Frente da Fé
Lourival, conhecido por sua oratória vibrante, confessou: *”Chorei no camarim antes de subir ao altar. É muita responsabilidade”*. Mesmo assim, ele mergulhou cada novo convertido nas águas do batismo, enquanto os corais entoavam hinos que arrepiavam a pele. *”Não é só um número, é uma vida transformada”,* disse, limpando o rosto com uma toalha branca.
Laços que Sustentam
A comunidade do Guamá abraçou a causa. Dona Maria, 68 anos, trouxe um bolo caseiro para celebrar. *”Aqui, todo mundo se sente em casa”,* afirmou, enquanto distribuía fatias. Jovens voluntários carregavam cadeiras e ajustavam os alto-falantes, num esforço coletivo que unia gerações.
Entre Agulhas e Amém
O rompimento com a Igreja Quadrangular trouxe tensão. *”Não foi fácil”,* admitiu Lourival, esfregando as mãos. *”Mas sentimos que era o caminho certo”*. Enquanto alguns membros questionavam a decisão, outros abraçavam a mudança com orações e lágrimas. *”A fé nos guia, mas dói deixar o que é familiar”,* desabafou uma fiel.
Eco das Ruas às Redes
Nas redes sociais, o vídeo do batismo viralizou. *”Isso aqui é avivamento!”,* comentou um usuário. Outros criticaram o rompimento, mas a maioria celebrou os 1,5 mil batismos em 2024. *”A Catedral da Família é um farol”,* escreveu um pastor de São Paulo.
Legado nas Cicatrizes
Hoje, Lourival vê o rompimento como uma “cicatriz necessária”. *”Deus nos chamou para algo maior”,* reflete, enquanto observa a nova placa da igreja. *”Cada batismo é uma história que não será esquecida”*.
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