Foi em um domingo de culto, com o som dos hinos ecoando pelas paredes da igreja, que a jovem sentiu o toque inapropriado do pastor Francisco Rodrigues Lemos. *”Foi como se o chão sumisse debaixo dos meus pés”,* ela conta, com a voz embargada. O medo a paralisou, mas a indignação falou mais alto.
Na Linha de Frente da Fé
A fé, que antes era seu porto seguro, virou um campo minado. *”Eu rezava, mas não conseguia esquecer o que aconteceu”,* desabafa. A jovem passou a evitar os cultos, mas não abandonou a espiritualidade. *”Deus não tem culpa do que ele fez”,* diz, segurando firme um terço que ganhou da avó.
Laços que Sustentam
A família foi seu alicerce. A mãe, ao saber da denúncia, abraçou-a tão forte que ela sentiu o cheiro do perfume de lavanda que sempre usava. *”Minha mãe disse: ‘Você não está sozinha'”,* lembra. Juntas, foram à delegacia, onde a jovem relatou os abusos com voz firme, mas mãos trêmulas.
Entre Agulhas e Amém
O processo foi doloroso. *”Cada depoimento era como abrir uma ferida”,* descreve. Enquanto isso, o pastor, preso, tentava justificar seus atos com versículos bíblicos. *”Ele distorceu a palavra de Deus para se proteger”,* ela diz, com um misto de raiva e desprezo.
Eco das Ruas às Redes
A história ganhou as redes sociais, onde outras vítimas se manifestaram. *”Recebi mensagens de mulheres que passaram pelo mesmo”,* conta. A hashtag #NãoCaleMais viralizou, e cartazes com frases de apoio foram colados nas ruas de Brasília. *”Foi como se o mundo dissesse: ‘Nós acreditamos em você'”.*
Legado nas Cicatrizes
Hoje, a jovem vê sua luta como um legado. *”Não foi só por mim, mas pelas futuras vítimas”,* afirma, com um sorriso tímido. Ela ainda carrega as marcas do trauma, mas também a certeza de que fez a coisa certa. *”Minha cicatriz é minha força”,* diz, enquanto segura uma foto sua com outras sobreviventes.
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