Conflito entre Pastor Antônio Carlos Brito e Pastor Samuel J Marques agita a comunidade evangélica em Itapevi/SP

A disputa entre os líderes religiosos revela tensão entre a AD Belém e a AD Madureira, levantando polêmicas sobre campanhas religiosas e a condução dos cultos.

Pastores Antônio Carlos Brito e Samuel J Marques discutem em público sobre a campanha da igreja AD Madureira em Itapevi
Pastores Antônio Carlos Brito e Samuel J Marques discutem em público sobre a campanha da igreja AD Madureira em Itapevi

Itapevi, cidade da Grande São Paulo, está no centro de uma polêmica envolvendo dois dos maiores líderes evangélicos da região. O Pastor Antônio Carlos Brito, da Assembleia de Deus (AD) Belém, acusou publicamente a AD Madureira, liderada pelo Pastor Samuel J Marques, de “tomar dinheiro das pessoas” durante a campanha “Julho de Renovação”.

Cultos vazios versus igrejas cheias

O Pastor Antônio Carlos, visivelmente revoltado, afirmou que os cultos em sua igreja estão vazios enquanto os da AD Brás Itapevi – ligada à AD Madureira – estão cada vez mais lotados. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele não economizou críticas, aludindo ao que considera uma prática “de 30 dias de festa para tomar dinheiro do povo”.

“A Madureira fica 30 dias de festa tomando dinheiro do povo e todo mundo vai lá. O movimento deles é furado, toma o dinheiro do povo”, declarou o pastor Antônio Carlos, em tom de desabafo.

Resposta do Pastor Samuel J Marques

O Pastor Samuel J Marques, por sua vez, respondeu através das redes sociais e também em culto. Sem rodeios, ele afirmou que “ninguém joga pedra em árvore que não dá fruto”, sugerindo que as críticas são um reflexo do sucesso de sua campanha de “Julho de Renovação”. Segundo ele, o evento tem trazido muitas pessoas para os cultos e gerado transformações.

“Não tenho culpa se a igreja dele está vazia. Manda ele vir aqui na AD Brás Itapevi assistir um culto de ensino. Tenho certeza que vai ser transformado. Não temos que brigar contra carne e sangue, mas Satanás de vez em quando usa também os crentes”, declarou Samuel.

Repercussão e divisão entre os fiéis

As declarações dos dois pastores repercutiram rapidamente entre os membros das duas igrejas e nas redes sociais. Fiéis do Pastor Samuel veem as críticas como fruto da inveja e reconhecem o valor dos 30 dias de campanha, que segurança espiritual e transformação pessoal. Por outro lado, membros da AD Belém se sentiram ofendidos pelas práticas da AD Madureira, alegando que o foco deveria ser a evangelização, não uma competição entre igrejas.

A disputa parece refletir uma tensão crescente na comunidade evangélica de Itapevi. Ao mesmo tempo que o Pastor Antônio critica a abordagem de “festa e dinheiro”, Samuel Marques defende o trabalho realizado e destaca os frutos espirituais gerados pela campanha.

O que está em jogo?

Para alguns, o episódio revela uma crise de identidade das igrejas evangélicas, que, em tempos de queda de frequência nos cultos, precisam buscar novas formas de atrair fiéis. O caso está longe de ser resolvido e mostra como a luta por relevância e crescimento nas igrejas pode gerar desavenças entre os próprios líderes religiosos.

“Fé, respeito e unidade. São esses os valores que devem nos guiar”, comenta um membro anônimo da AD Belém, mostrando a esperança de que o conflito seja superado em nome de um bem maior.

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