Evangélicos ficam irritados com cantora gospel que defende legalização do aborto

A evangélica Camila Mantovani, de 24 anos, que milita pela legalização do aborto, passou a receber ameaças de morte e perseguição nas ruas. Há até tocaia na porta da sua casa.

Evangélicos ficam irritados com cantora gospel que defende legalização do aborto

Evangélicos ficam irritados com cantora gospel que defende legalização do aborto. A evangélica Camila Mantovani, de 24 anos, que milita pela legalização do aborto, passou a receber ameaças de morte e perseguição nas ruas. Há até tocaia na porta da sua casa.

Segundo Camila, essas foram algumas das formas de violência que passou a enfrentar no meio evangélico. As ameaças que colocam sua vida em risco, começaram depois que deu voz em defesa da legalização do aborto.

O detalhe é que a militâncias é entre a comunidade evangélica. Amedrontada, tomou a decisão radical de deixar o país.

Camila é uma das fundadoras da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto e acredita que se continuar no Brasil sua vida estará em risco.

“Há algum tempo eu estou sendo ameaçada e perseguida. Minha vida está em risco nesse momento. Ameaças de morte e mensagens de ódio eu já recebo na internet há pelo menos dois anos. De setembro pra cá, a coisa se materializou de outro jeito. São perseguições, gente de tocaia na porta da minha casa e pessoas armadas me seguindo na rua”, contou ela.

De acordo ainda com a evangélica, as ameaças teriam surgido por causa das ideias pró-abortista que defende nas redes sociais.

“Eu milito na Frente Evangélica pela Legalização do Aborto já tem dois anos. Uma frente de mulheres evangélicas de denominações diferentes que têm uma perspectiva acerca do evangelho. É uma perspectiva de defesa da vida das mulheres”, argumentou.

Camila Mantovani revelou que já precisou se mudar de residência devido as ameaças. Em meados do ano passado, ela saiu da casa onde morava. Passou a não ter mais endereço fixo. No entanto, desta vez, a opção é por deixar o país .

O custeio das despesas para mudança de país estão sendo viabilizados pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristas do Brasil (Conic). A Comissão de Direitos Humanos da Alerj, entrou no caso e encaminhou o caso para investigação do Ministério Público e da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

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