A Igreja está inerte quanto ao aumento da perseguição de cristãos no mundo.
Nesta semana, David Curry, presidente das portas abertas americanas (open doors USA) fez duras criticas as igrejas americanas pelo descaso com que tem tratado os casos de perseguição religiosa sofridos pelos cristãos ao redor do mundo. De acordo com um artigo que escreveu para o jornal USA Today, as igrejas norte-americanas estão voltando mais sua atenção para séries de TV como “Game Of Thrones”, do que com os índices de perseguição, que chegam inclusive a níveis genocídicos em alguns países.
Com isso, ele deu como exemplo os mais de 3.700 cristãos que foram mortos na Nigéria no ano passado, 2018.“Se tal violência tivesse ocorrido em Nashville, Tennessee, ao invés da Nigéria, ela dominaria os noticiários noturnos e saturaria as redes sociais”, disse Curry.
“As igrejas americanas estariam lançando campanhas de angariação de fundos para as famílias das vítimas e abordando-as em suas reuniões semanais. Neste caso, no entanto, a igreja americana mal reconheceu isso”, completou.
Ademais, ele também cita no mesmo texto, outros fatos que também mereceriam a atenção da população cristã, como o aumento em 400% da perseguição contra cristãos que vem ocorrendo na Índia desde 2014, bem como a alta repressão do governo chinês e o forte aumento de ataques no oriente médio.
“Enquanto isso, a liderança da igreja americana, com seus superpastores e megaigrejas, está assobiando pelo cemitério. A fera que nós criamos, que depende de música otimista e positividade para atrair doadores para sustentar grandes orçamentos, deixa pouco espaço para os pastores falarem sobre o sofrimento dos cristãos globais”, afirma ele, ao fazer duras críticas.
De acordo com ele, a Igreja como um todo pode e deve fazer mais.
“A igreja americana está se alimentando até a morte enquanto a está sendo assassinada”, disse ele.
“Nessas lições, podemos encontrar inspiração para aprofundar nossa própria fé – o que pode ser útil quando a perseguição chegar ao Ocidente”, advertiu.