O Ministério Público do Rio (MP-RJ) e a Polícia Civil realizam operação na manhã desta terça-feira, 20, para cumprir mandados de busca e apreensão no inquérito que investiga possível prática de ‘rachadinha’ em gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Entre eles estava o ex-deputado estadual Pedro Augusto (PSD), primeiro suplente da deputada federal Flordelis (PSD-RJ)
O MP-RJ cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Pedro Augusto e em endereços ligados a ele no Rio e em Niterói.
A investigação está sob sigilo. Eleito cinco vezes na Alerj com votações expressivas entre 1998 e 2018, Pedro Augusto tem visitado Brasília com frequência enquanto aguarda eventual cassação de Flordelis.
A deputada, apontada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, só pode ter o cargo cassado por decisão do plenário da Câmara. Há consenso de que é preciso “dar uma resposta” à população, nas palavras de deputados ouvidos pelo site UOL.
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) anexado à Operação Furna da Onça apontou movimentação suspeita entre funcionários do então gabinete de Pedro Augusto na Alerj.
Os somaram R$ 4,1 milhões entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O mesmo documento apontou movimentação atípica de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Alerj, onde o Coaf registrou movimentações financeiras atípicas de ao menos 21 deputados estaduais do Rio, as quais poderiam indicar rachadinhas –quando assessores repassam ao político que os contrataram parte do seu salário.
Contando dinheiro
Uma reportagem do SBT Brasil já havia mostrado em março de 2018 imagens de funcionários lotados no gabinete de Pedro Augusto repassando dinheiro em espécie a uma secretária. Nas imagens,é possível ver a mulher contando as cédulas. Segundo a reportagem, havia quem devolvesse valores do auxílio alimentação.
Na ocasião, Pedro Augusto negou irregularidades. Procurado, o ex-deputado ainda não se manifestou sobre a operação .
Fonte:UOL