Em maio deste ano, um homem acabou absolvido pelo crime de estupro de vulnerável em julgamento no tribunal da cidade de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, mas o MPMS (Ministério Público Estadual) entrou com recurso de apelação, o que resultou na condenação a 14 anos de prisão.
Relatos da menina são de que os estupros começaram em 2009, quando em um dia o padrasto teria chegado mais cedo em casa dispensando a babá da menina, sendo que o autor tentou manter conjunção carnal com a criança, que começou a chorar fazendo com que o homem parasse.
Mas, segundo a garota toda vez que ficava sozinha com o padrasto ele tentava abusar dela, sendo que em uma das oportunidades ele manteve conjunção carnal com a vítima e os abusos passaram a ser rotineiros. Ainda segundo o depoimento da menina, que foi ouvida por quatro vezes, ela tinha medo de contar para a mãe sobre os estupros já que o padrasto era bastante violento e fazia ameaças.
A menina teria tomado coragem de contar os abusos a uma amiga da escola, e assim, a mãe acabou sabendo do caso e o homem denunciado. Durante o julgamento, o juiz absolveu o réu alegando que cada vez que a garota contava os fatos o fazia de forma diferente, e que ela demonstrava um grande desejo de punir o padrasto que agredia a mãe da vítima.
Sendo assim, o juiz teria argumentado não achar provas cabais do crime de estupro. Mas, com a apelação do Ministério Público, o homem acabou condenado a 14 anos de prisão em outubro deste ano.”