Chico Rodrigues, senador (pelo DEM-RR), foi flagrado na semana passada pela Polícia Federal carregando por volta de 33,1 mil escondidos reais entre as nádegas.
A defesa do senador disse que o dinheiro escondido pelo homem não possui origem ilícita.
Disse também que seria encaminhado para o pagamento de funcionários de uma empresa da família do senador.
Numa nota enviada à imprensa, os advogados afirmaram que o senador não está envolvido em nenhum esquema de corrupção, tendo, esse dinheiro, “origem particular comprovada”.
Contudo, a defesa não trouxe a explicação do motivo do congressista ter guardado os 33,1 mil reais dentro da própria cueca.
Durante a última semana, Chico Rodrigues foi flagrado com o dinheiro na cueca em meio a uma operação da Polícia Federal.
Operação essa que trabalha na apuração de um esquema de desvio de recursos públicos que deveriam ter sido injetados na luta contra a pandemia.
Segundo a corporação, mais de 20 milhões de reais teriam sido desviados por meio de emendas parlamentares.
A argumentação da defesa
De acordo com a defesa do parlamentar, porém, “os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos”.
Ainda segundo a defesa, a operação responsável pela abordagem do parlamentar trata-se de um caso de “terrorismo policial”.
A defesa também alegou que “ter dinheiro lícito em casa não é crime” e que “o único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu”.
“Em 30 anos de vida pública, o senador nunca sofreu uma condenação e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro”, enfatizaram os advogados.
“Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta”, conclui.
Fonte: Estado de Minas