O jornalista Rodrigo Constantino, foi deligado da Jovem Pan logo após sua fala, que soou preconceituosa, quando comentou o caso de Mariana Ferrer.
Segundo o comentarista, se o mesmo caso acontecesse com sua filha, ele não denunciaria o estuprador, porém daria “esporro” em sua filha.
“Se minha filha chegar em casa, isola [ele bate na madeira]… Mas se a minha filha chegar em casa –e eu dou boa educação para que isso não aconteça, mas a gente nunca controla tudo–, se ela chegar em casa um dia dizendo: ‘Pai, fui para uma festinha, ah, fui estuprada’. [Eu perguntaria]: ‘Me dá as circunstâncias’. ‘Ah, fui para uma festinha, eu e três amigas, tinha 18 homens, nós bebemos muito e eu estava ficando com dois caras, e eu acabei dormindo lá e eu fui abusada’. Ela vai ficar de castigo feio. Eu não vou denunciar um cara desses pra polícia. Eu vou dar esporro na minha filha.”.
Em nota,a Jovem Pan se pronunciou dizendo: “a vítima não deve ser responsabilizada pelos atos de seu agressor” e comunicou a demissão de Constantino: “Diante do ocorrido nesta quarta-feira em uma live independente promovida fora de nossas plataformas por um de nossos comentaristas, o Grupo Jovem Pan esclarece que desaprova veementemente todo o conteúdo publicado nos canais pessoais e apresentado nessa live.”
“Reafirmamos que as opiniões de nossos comentaristas são independentes e necessariamente não representam a opinião do Grupo Jovem Pan. No caso de Mariana Ferrer, defendemos que a vítima não deve ser responsabilizada pelos atos de seu agressor, apesar do respeito que todos nós devemos ter às decisões judiciais”, continua o comunicado.
“Em consequência do episódio, na tarde desta quarta-feira (4/11) Rodrigo Constantino foi desligado de nosso quadro de comentaristas”, finaliza a Jovem Pan.
Já na quinta-feira, após o anúncio feito pela RecordTV, a Rádio Guaíba e o jornal Correio do Povo, que pertencem ao grupo Record, também rescindiram contrato com Constantino.