EUA elege primeira transgênero ao Senado
Os Estados Unidos terão, a partir de janeiro de 2021, sua primeira senadora transgênero na história. A democrata Sarah McBride, conquistou a primeira cadeira do primeiro distrito de Delaware, derrotando com grande facilidade o republicano, Steven Washington com 86% a 14%.
“Conseguimos. Vencemos a eleição geral. Obrigada, obrigada, obrigada”, comemorou ela, em seu perfil nas redes sociais.
McBride, de 30 anos, foi também a primeira estagiária transgênero da Casa Branca, em 2012, durante a administração de Barack Obama período em que seu interesse pela política foi despertado. Em 2016, ela discursou na convenção do Partido Democrata, em que Hillary Clinton foi confirmada como candidata à presidência.
“Quando nossos corpos legislativos e nossos escritórios executivos se parecem com as pessoas que procuram representar e refletem toda a diversidade de nossas comunidades, a conversa muda”, disse McBride à revista People, quando anunciou sua candidatura ao Senado.
Atualmente, ela é a secretária de imprensa nacional da organização de direitos civis LGBTQ+ Human Rights Campaign.
“Estamos muito orgulhosos de você por esta vitória histórica”, escreveu a organização, no Twitter.
“Não estou concorrendo para fazer história ou fazer manchetes. Estou concorrendo para fazer a diferença nesta comunidade e representá-la da melhor maneira possível, trazendo toda a gama de experiências e perspectivas que tenho com uma história tão longa nesta comunidade”, acrescentou.
Outra transgênero venceu as eleições,em Vermont, Taylor Small, de 26 anos, se tornou a primeira representante (deputada) transgênero, obtendo 43% dos 41% dos votos em seus dois distritos. “Quinta legisladora trans do país!”, tuitou ela.
Um comitê de ação política concentrado em aumentar o número de autoridades LGBTQ eleitas nos Estados Unidos, O Victory Fund,parabenizou Small no Twitter, escrevendo: “Fez História!”.
O grupo também parabenizou McBride: em um comunicado publicado na internet, a diretora do fundo, Annise Parker, disse que a vitória de McBride é “um lembrete poderoso de que os eleitores estão cada vez mais rejeitando a política de preconceito a favor de candidatos que defendem a igualdade”.