Com uma decisão histórica, o Papa Francisco aboliu o segredo pontifício em casos de violência sexual e de abuso de menores.
De modo geral, sabe-se que o números de crimes como esse cresce nas igrejas tanto católicas como evangélicas. Assim, como um líder, não admitiu que casos como esse não sejam denunciados.
No entanto, o Vaticano sempre foi resistente quanto a exposição dos clérigos envolvidos nesses casos.
Segundo o jornal Estadão, a ONU os colou contra a parede e o Vaticano revelou ter expulsado, só em 2011 e 2012, quatrocentos padres por abuso sexual.
Dessa forma, como objetivo, o Papa afirmou que o bem estar do jovem e da criança devem estar acima de qualquer segredo.
Assim, segundo Chares Scicluna, uma das principais autoridades da igreja em combate aos abusos, disse que essa decisão foi perfeita e chegou no momento ideal
“Essa decisão ´histórica e chega no momento certo”, disse.
“Até então, a vítima não podia saber a sentença resultante de sua denúncia”, acrescentou Chares.
Além disso, o teólogo Fernando Altemeyer Junior, ressaltou que o papa deixou suas convicções claras contra os abusos sexuais. Contudo, esse permaneceu em vários lugares, revelando que não há respeito para com as vítimas e o papa.
“Se pensarmos bem, como é possível que ainda haja sigilo para proteger a honra, em algumas situações dramáticas, mas tudo em benefício da vítima.”, disse o teólogo.
“Aqui, o que temos é um paradoxo tremendo, como o de manter sigilo em favor do abusador sexual ou da instituição”, finalizou.
O representante do pontifício no Brasil, Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, diz que é uma decisão boa, pois irá trazer a transparência e a colaboração para com as autoridades.
“Pode-se considerar que é um sinal de abertura, de tranquilidade. de transparência e de colaboração com as autoridades civis”, afirmou.