A notícia que haveria apresentação gospel no show de virada do RJ gerou descontamentos. Dessa maneira, a justiça foi acionada e o show foi cancelado pelo respaldo da liberdade religiosa
A Associação de Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), fez um pedido ao Tribunal de Justiça. Assim, alegou violação aos direitos de liberdade religiosa além de infringir a lei de que o Estado deve ser laico.
Nesse contexto, a juíza determinou a remoção do show da cantora Anayle Sullivan. Logo, atendendo o pedido, a autoridade se pronunciou:
“Em respeito aos princípios constitucionais da laicidade do Estado e da garantia da liberdade religiosa […] concedo a tutela de urgência requerida para determinar a suspensão da realização do show religioso gospel da cantora Anayle Sullivan ou de qualquer outro cantor ou grupo religioso na festa de Réveillon de Copacabana”
Ademais, segundo o site de notícias G1, a Associação alega que usar do dinheiro público para contratar uma cantora gospel é contra o princípio de laicidade e liberdade de religião.
Além disso, a Associação pediu uma multa de 50 mil reais se a ordem não for cumprida.
O grupo responsável pela organização do evento não concordou totalmente com essa decisão. Dessa maneira, segundo a reavista Época, o grupo afirmou que se tratava de uma festa democrática, de tudo poderia ser tocado, e que qualquer outra interpretação diferente disso estaria sendo preconceituoso.
“O Réveillon Rio 2020 será um evento grandioso e plural, contemplando todos os estilos musicais”,disse o grupo
“Os palcos espalhados pela orla de Copacabana tocarão diversos ritmos, passando pelo samba, pagode, rock, funk, gospel, entre outros”, completaram.
Como argumento, os ateístas dizem que o show da cantora é um tipo de pregação religiosa. Dessa forma, jamais deve ser feito culto e adorações religiosas em bens públicos.