Igreja Católica debate sobre homossexualidade mesmo com reprovação do Vaticano
"Precisamos falar disso, se a proibição não vem somente da estrutura de poder da Igreja, que são marcadamente machistas"
Segundo o site de notícias G1, a Igreja Catedral de Colonia na Alemanha decidiu sozinha iniciar um discussão sobre assuntos delicados para as igrejas atuais.
Assim, as conversas rodeiam em volta da homossexualidade, o papel das mulheres na igreja e celibato dos padres.
Esses encontros são chamados de “caminho sinodal”, contudo não deveriam acontecer por ordem do Vaticano. Porém, o Thomas Andonie, presidente da juventude católica aprova e incentiva a reunião.
“São encontros, fóruns para diversos tópicos, como a questão de poder na Igreja, a de participação, moral da educação sexual, o papel dos padres, questões de mulheres na Igreja e se elas podem assumir paróquias”, afirmou ele.
Ademais, essa reunião buscar tratar de assunto que até então poderiam ser considerados “tabu” para toda a religião.
“As lideranças nas secretarias e dicastérios são cada vez mais de mulheres, e precisamos falar disso, se a proibição não vem somente da estrutura de poder da Igreja, que são marcadamente machistas”, disse Thomas.
No entanto, o Vaticano não aprova essas odeias da reunião, pois afetaria não apenas um país, mas toda a religião.
Assim, de acordo com o G1, o Papa escreveu uma carta sobre o “caminho sinodal”.
“Todas as vezes que a comunidade eclesiástica tentou resolver seus problemas sozinhos, focando exclusivamente em sua força e métodos, sua inteligência, sua vontade ou seu prestígio, terminou aumentado e perpetuando os males que ela tentou solucionar”
Ademais, outro líder o arcebispo Filippo Iannone, chefe do Conselho Pontífice para Textos Legislativos, escreveu também em outra carta:
“[…] Esses temas não afetam somente a Igreja na Alemanha, mas todo o universo da Igreja e, com algumas exceções, não pode ser objeto de deliberações ou decisões de uma igreja particular sem violar o que é expresso pelo papa em sua carta”.