Durante muito tempo no Brasil, os evangélicos foram minoria, entretanto, porém, no final dos anos 90 para início dos anos 2000, essas estatísticas inferiores mudaram e parece que isso hoje preocupa a igreja católica.
Porém, o bispo Dom Wilmar Santin, declarou durante o Sínodo da Amazônia, em Roma, que equívocos da Igreja Católica conduziram ao crescimento das igrejas evangélicas na região amazonense e que é necessário mudar a ação pastoral para inverter essa situação.
“Percebi duas falhas nossas: não estamos conseguindo chegar a tempo em todos os lugares onde o povo está, porque tudo está muito centralizado na figura do padre”, se pronunciou ele nesta última quinta-feira (10), no período de uma coletiva de imprensa, de quais sempre fez diariamente no sínodo, reunião de religiosos que envolve os nove países da região amazônica com o papa Francisco.
De acordo com Dom Wilmar, que trabalha na região de Itaituba (PA), onde faz fronteira com os estados de Mato Grosso e do Amazonas, as técnicas para manter, resgatar e converter católicos na região envolvem mexer na própria base de como a igreja está organizada.
“Precisamos mudar um pouco a estrutura para que a igreja seja mais ágil, que vá mais para frente, não seja tão lenta nas decisões e não dependa só dos padres. Temos que mudar não para competir com os outros, mas para que a nossa missão seja cumprida com maior eficiência”, falou.
A frase foi proferida logo após, o Dom Wilmar ter narrado um diálogo que teria acontecido nas redondezas do garimpo Água Branca, no estado do Pará, com um homem que outrora foi católico, e tinha ainda padres e uma freira em sua família, mas que, nas razões de mudar para o garimpo, tornou-se evangélico.
“Eu perguntei para ele o motivo, ele me respondeu: ‘Quando eu cheguei aqui, não tinha Igreja Católica. Eu queria escutar a palavra de Deus, fui na Assembleia de Deus e estou lá até hoje’”, relatou o bispo Wilmar.