Grupo de manifestantes fazem protesto contra possível transformação de Teatro em Centro Cultural Evangélico
Manifestantes falam de censura
Na última segunda-feira (7), uma equipe de artistas fizeram uma manifestação na frente de um famoso Teatro, localizado no Centro do Rio de Janeiro, o Glauce Rocha.
Em um dos cartazes expostos pelos manifestantes, continha a seguinte frase “teatro não é igreja’, em protesto contra a iniciativa de Roberto Alvim, atual diretor do Centro de Artes Cênicas Fundação Nacional de Artes (Funarte).
O diretor da Funarte, o mesmo que polemizou ao ofender a atriz Fernanda Montenegro chamando-a de sórdida, disse ter vontade de deixar o Teatro Glauce Rocha sob o comando da Companhia Jeová Nissi.
A artista Monique Vaille expressou sua opinião dizendo, “Está havendo uma censura. Há diversos projetos e peças sendo derrubadas sem justificativas plausíveis”, ela que segue a frente do movimento feminino Ovárias.
“Estamos aqui para pleitear que a Constituição permaneça vigente. Nenhum projeto artístico tem que ser avaliado por ser ou não religioso. Precisam ser seguidos critérios para uma análise isonômica que garanta a pluralidade para que todos possam ter acesso, direito e oportunidade de ocupar um teatro público”, completou a mesma.
O governo havia retirado, em agosto uma publicação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) com assuntos voltados para a temática LGBT, que teria seu conteúdo transmitido na TV.
Quanto a isso o Presidente Jair Bolsonaro se posicionou neste último sábado (5) dizendo que no fato ocorrido não houve “censura”, mas sim uma maneira de resguardar os princípios da família.
O Presidente concluiu dizendo “Nós não podemos perder a guerra da informação, deixamos tudo isso muito à vontade no passado. Estamos preparando mudanças aí na questão da Funarte, Ancine. Muita gente empregada lá em cargos de comissão desde o primeiro ano de governo Lula”, referindo-se também ao ex-presidente da República.