Embora tenha sido eleito com uma campanha ligada à imagem do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o atual governador de São Paulo, João Dória (PSDB), foi contra a ideia de ter sido “bolsonarista” e que somente “incorporou o slogan Bolsodória” durante as eleições do ano passado.
O tucano ainda fez uso de camisetas durante o segundo turno, pedindo votos também para Jair Bolsonaro, que na época ainda era deputado federal.
“Nunca fui bolsonarista. O ‘Bolsodória’ não fui eu que criei. Esse movimento nasceu no interior de São Paulo, mas eu incorporei. Eu jamais votaria no Fernando Haddad (PT, adversário de Jair Bolsonaro durante o segundo turno)”, afirmou numa entrevista à Globo News.
Dória ainda questionou acerca de como poderia ter não aceitado se integrar à campanha de Bolsonaro, uma vez que as circunstâncias o deixaram contra todos os partidos de esquerda e também, inclusive, de uma parcela do PSDB, que também ficou contra o mesmo.
“Naquelas circunstâncias, uma eleição em que eu enfrentava todos os partidos de esquerda e até parte do meu partido, com Bolsonaro contra essa esquerda, qual era meu caminho?”, disse.
Dória ainda aproveitou para voltar a comentar sobre as críticas contra o discurso do presidente da República na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O governador voltou a dizer que a fala de Jair Bolsonaro foi “inadequada”.
“Eu não perco meu espírito crítico. Mas faço isso de forma educada, não fico vociferando contra esse ou aquele equívoco. Eu tenho direito à crítica”, afirmou.
Já o filho do presidente Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, disse, na manhã desta quarta-feira, dia 4, nas redes sociais, que, caso ele continue fazendo críticas ao presidente, o governador acabará sendo enterrado politicamente.
Ainda depois, no programa Pânico, da Jovem Pan, o deputado federal disse que a alteração de postura de Dória, com relação ao presidente, não foi algo muito surpreso.