Vaticano torna-se financiador de construção de “catedral indígena”
Tal obra está para ser instaurada na Amazônia
Conforme uma notícia extraída do site Gospel Prime, Yanomami, comunidade indígena que vive na região de Maturacá (AM), receberá um espaço que terá o intuito de adorar a Deus, tratando-se da primeira igreja indígena que será financiada pelo Vaticano no Brasil que começará a ser construída no segundo semestre do ano que vem.
O projeto da igreja tem na sua assinatura Creatos Arquitetura, empresa de dois arquitetos paranaeses que foram responsáveis por desenvolver o projeto gratuitamente.
Situada perto do Pico da Neblina, ao norte do estado do Amazonas, a igreja deve atender por volta de cinco mil indígenas, conforme dito pelo padre Thiago Faccini, assessor do setor de espaço litúrgico na Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“O projeto tem uma identidade. Ele foi pensado exclusivamente para aquele povo. Não é apenas mais uma igreja. Essa obra pretende servir como uma luz no meio da Amazônia. É esperança, é fé no amanhã”, informou o padre em entrevista à RPC, que é filiada da Rede Globo na localidade.
De acordo com ele, a ideia de ter uma igreja indígena surgiu dos próprios Yanomami logo nos meados de 2016, quando houve uma visita do núncio apostólico à Diocese de São Gabriel da Cachoeira, localizada em Manaus.
Depois dessa visita, o representante diplomático permanente da Santa Sé tomou a decisão de enviar o pedido dos indígenas brasileiros ao Papa Francisco, em Roma, o qual solicitou que fosse feito um projeto a fim de viabilizar a construção.
O projeto feito pelos arquitetos Tobias Bonk e Teresa Cavaco pertence a uma igreja circular que tem 32 metros de diâmetro, a qual representa Jesus Cristo como centro de tudo, a igualdade e a unidade dos irmãos.
A estrutura vai ter 25 metros de altura, chamada de Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes.