Para Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, a paixão das crianças e adolescentes por temas como, por exemplo, o meio ambiente precisam ser respeitada, e não utilizada para “empurrar” uma agenda política.
A fala do político foi realizada na ONU e aparece em meio à repercussão da fala da jovem Greta Thunberg que aos seus 16 anos é uma das ativistas ambientais que mais tem destaque, principalmente depois de sua fala na Assembleia Geral da ONU que ocorreu em Nova York (EUA) na segunda-feira (23/09).
Greta se voltou para os políticos presentes e mencionou que eles fizeram o roubo de seus sonhos e que não estão manifestando preocupação com o meio ambiente que está em um estado de colapso.
“Pessoas estão sofrendo, pessoas estão morrendo. Ecossistemas inteiros estão colapsando. Nós estamos no começo de uma extinção em massa”, declarou a jovem.
Morrison entende que é essencial respeitar a angústia das novas gerações, buscar incentivá-las e juntamente responder de maneira positiva.
“Fornecer contexto, perspectiva e, particularmente, gerar esperança. Concentrar suas mentes e direcionar suas energias para soluções práticas e comportamento positivo que lhes proporcionem resultados duradouros”, disse.
O primeiro-ministro australiano, contudo, fez uma advertência: “Devemos respeitar e aproveitar a paixão e aspiração de nossas gerações mais jovens, devemos nos proteger contra outras pessoas que procurem compor ou, pior, explorar anonimamente sua ansiedade para suas próprias agendas”.
“Não é por acaso que, com nossa crescente urbanização, ou pelo menos com a disseminação da urbanização desnaturada, temos incidências cada vez mais comuns de ansiedade e depressão”, declarou Louv o criador do livro A última criança na natureza: Resgatando nossas crianças do transtorno do déficit de natureza.
“Estudos sugerem fortemente que passar um tempo em meio a natureza pode auxiliar muitas crianças a construir confiança em si mesmas, reduzir os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e ainda ajudá-las a se acalmar e a se concentrar”, terminou o escritor.