Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, solicitou, conforme dados extraídos do G1, nesta sexta-feira, dia 27, que fosse removido o porte de armas do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro solicitou ainda que Janot fosse barrado de entrar no tribunal.
Os pedidos foram realizados em função da entrevista onde o ex-procurador-geral expôs a vontade de matar o ministro Gilmar Mendes.
Em entrevistas dadas aos jornais “O Estado de São Paulo” , “Folha de São Paulo” e à revista “Veja” divulgadas nesta quinta-feira, dia 27, Janot afirmou que, no ano retrasado, assim que se encontrava à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), entrou armado no Supremo com o objetivo de tirar a vida de Gilmar Mendes e logo depois cometer suicídio.
O fato se encontra narrado no livro de memória de Rodrigo Janot, contudo, com a ausência do nome do ministro.
A solicitação de Gilmar Mendes foi feita para o ministro Alexandre de Moraes em inquérito que avalia ofensas feitas aos ministros da Corte. O documento é sigiloso pois a investigação se encontra em estado de segredo. Ainda não existe previsão de prazo para a decisão por parte de Moraes.
Assim que largou o cargo de procurador-geral, no mês de setembro de 2017, Janot passou a ser, novamente, subprocurador-geral da República – o topo da carreira do MPF. Por volta de 60 subprocuradores que estão atuando na PGR, os quais atuam em procesos nos tribunais superiores.
No mês de abril ainda deste ano, Janot aposentou-se do cargo e começou a seguir o ramo da advocacia. Hoje, possui escritório e trabalha na área de compliance.
Todos os membros do Ministério Público Federal possuem o direito ao porte de armas. Segundo a lei orgânica do Ministério Público, o procurador que se aposentou contibua com as prerrogativas do procurador em estado de atividade. Sendo assim, ainda que aposentado, Janot permanece com o direito ao porte de arma.