Conforme dados adquiridos através do Gospel Prime, o linguista norte-americano Daniel Everett, de 68 anos de idade, atuou numa tribo isolada às margens do Rio Maici, localizada na Amazônia, com o intuito de se aprofundar no estudo das línguas indígenas e, em seguida, poder traduzir a Bíblia, com a intenção de evangelizar os índios.
De cristão convicto, o professor da Bentley University, de Massachussets, começou a crer na teoria da evolução, alegando, inclusive, que a linguagem foi iniciada a partir do Homo erectus, há mais de 1 milhão de anos.
Tal tese e o total abandono da fé se deu, de acordo com seu relato, depois do contato com os índios, os quais teriam se negado a aprender a ler e escrever.
“Comecei a desenvolver um sistema de escrita para tentar ensiná-los a ler e escrever na língua deles. Até que um dos índios me disse: ‘você está nos ensinando a ler e escrever nossa própria língua, mas nós não fazemos isso, não queremos, pode parar’. Encerrei as aulas”, afirmou ao O Globo.
O ex-missionário disse que desde então, com o contato que teve com os indígenas, seu objetivo de convertê-los foi um fracasso, pois ele teria percebido que eles não faziam noção alguma de Deus.
“Quem acabou convertido pelos índios fui eu. Eles não têm noção de Deus, não têm medo de morrer, não acreditam em inferno nem céu, e são muito contentes assim. Então, no decorrer dos anos eu mesmo fui perdendo a fé, e hoje em dia sou ateu”, declarou.
Everett morou na aldeia durante oito anos e é um dos poucos falantes que não são nativos do pirahã. Ele alega que gostaria de retornar com o contato com os índios, porém ainda não obteve a autorização da Funai
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.” – 1 Timóteo 4:1-2.