A reconstituição do assassinato deixa o depoimento de Flordelis em contradições, afirmou a delegada.
A investigação declara que não descarta a ideia de um segundo atirador.
A pastora Flordelis do PSD-RJ participou nessa última semana, da reconstituição do assassinato de seu ex-marido, o pastor Anderson do Carmo, em sua garagem em Niterói no Rio de Janeiro, Lucas Cézar dos Santos de Souza, um de seus filhos adotivos, declarou que ele mesmo forneceu a arma usada no assassinato, decidiu não participar de última hora.
Segundo o portal G1, Bárbara Lomba, a delegada responsável pelo caso, afirmou que após a reconstituição do caso foi possível identificar contradições no depoimento da esposa de Anderson.
“Houve algumas contradições que continuam nos indicando o caminho que havíamos conseguido nas investigações. Ajudou porque na hora de reproduzir, as pessoas às vezes não sustentam o que foi falado em outro ambiente” descreveu a titular da DHNSI.
A simulação durou cinco horas e meia, e após a reconstituição, a investigação afirmou que não descarta a hipótese de que haja um segundo atirador.
“A deputada basicamente falou o que havia falado na delegacia, mas em alguns pontos não se recordou. Houve alguns pontos que as declarações aqui não corresponderam o que havia sido dito na delegacia.” Disse a delegada Bárbara.
De acordo com o advogado da deputada, a suspeita respondeu todas as respostas feitas na investigação, contudo, ela não respondeu a quantidades de tiros, ou pessoas que estavam juntos na hora do crime. Ele ainda afirmou que Flordelis não teve contato com seus dois filhos que estão sendo investigados, Flávio dos Santos, de 38 anos e Lucas dos Santos, de 18.
“Ela estava tranquila, mas abalou muito ela psicologicamente, principalmente a hora dos disparos. Ela ficou bastante abalada” declarou ele.
“Nós reproduzimos com base no que eles falaram na delegacia, mas seria o ideal que eles tivessem participado. É direito deles não ter participado. Acredito que seja estratégia da defesa. Viemos preparados para que participassem” declarou Bárbara Lomba.
No entanto, Anderson Rollemberg, o advogado de Flávio, declarou que houve falhas na reconstituição.
“Não foi uma reconstituição 100% aproveitável. Posso dizer que teve muitas falhas. Por exemplo, os disparos feitos no tambor de areia. Todos aqui perceberam que os barulhos eram abafados. Não pareciam disparos. Parecia um metalúrgico batendo em um tambor” declarou ele.
“A reconstituição foi feita em base ao depoimento que ele supostamente teria confessado o crime. Não foi permitido ele participar com a versão nova, a versão verdadeira” terminou ele.