A exclusão de cristãos em debates públicos não é de hoje, alerta pastor.

Yago Martins, youtuber e pastor do canal Dois Dedos de Teologia, deu seu depoimento durante uma entrevista para o documentário “Os Movimentos Minoritários à Luz do Liberalismo”, e durante sua entrevista ele fez declarações sobre a participação de pessoas religiosas na política.

Nela ele foi questionado se líderes evangélicos devem abandonar debates públicos, o qual os defendeu afirmando que não, os religiosos não devem de maneira alguma abandonar a vida pública.

Ele logo comentou que a exclusão de cristãos em meio a debates públicos não é uma situação nova.

“Desde muito tempo, movimentos cristãos mais fundamentalistas ou radicais foram excluídos do debate comum por causa dos seus argumentos cristãos. Mesmo quando suas pautas eram corretas” disse ele ao citar alguns exemplos de cristãos, os quais eram contrários à escravidão nos EUA, e mesmo o debate sendo abertos ao público eles foram retirados a força do debate, mesmo sendo contra a escravidão.

 Professor de teologia e economia explicou que mesmo o Estado sendo laico, no estado há vários exemplos desta separação, ele citou o exemplo de que o modelo inglês o estado mesmo sendo laico, respeita de maneiras iguais todas as religiões.

“Mas se você pensar no modelo inglês, Estado laico é onde todas as religiões devem ficar caladas”.

Contudo, ele afirma que em sua opinião a definição deste modelo seria que, nenhuma liderança religiosa possuísse um cargo de liderança civil, como ocorre no vaticano, pois mesmo fazendo sem querer o modo como somos regrados por nossas religiões, vão de qualquer maneira interferir em nossas decisões.

“Muitas pessoas acabam argumentando que a fé é de esfera privada, e quando você chega na arena pública você tem que ter neutralidade para poder argumentar”, declarou ele.

No entanto, ele disse que o Estado não é um ateísmo. Logo se candidatar não estará ferindo assim a laicidade do Estado.

“Em uma sociedade plural, você tem que ter um cenário comum de debates entre as visões de mundo”, completou.