Preços por barril bate a maior alta desde 1991 após ataques na petroleira Aramco

Ataques na petroleira Aramco acarretam redução da produção de 5,7 milhões de barris por dia.

 

Nesta segunda-feira dia 16, o preço do petróleo disparou em Londres, após ocorrerem ataques nas instalações da petroleira Aramco. Nesse final de semana na Arábia Saudita, a indústria teve sua produção de petróleo cortada pela metade, ela é atualmente responsável pela maior exportação de petróleo para todo o mundo.

O barril de Brent, denominação responsável pelo valor do petróleo, marcava alta de 14,1% na Europa, o que equivale a US$ 68,71, de acordo com o Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, e 14,22% o que equivale a US$ 62,65 nos Estados Unidos, na última sexta-feira.

No entanto, após o ataque a alta da cotação foi para 19,5% em Londres, equivalendo em US$ 71,95 e nos EUA a cotação subiu para 15,5%, custando US$ 63,3, contudo, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a abertura dos estoques de emergência do país, os quais liberaram barris e barris de petróleo, fazendo assim com que os valores se estabilizassem no país, e durante a mobilização o presidente afirmou que está preparado para reagir ao ataque, o qual impulsionou uma enorme tensão política, e acusou o Irã pelo ataque, o Irã respondeu que isso é um pretexto dos EUA para começar uma guerra.

As autoridades da Arábia Saudita declararam que o ataque não acarretou vítimas, mas segundo eles não há um tempo determinado para que a instalação funcione normalmente.

A Opep, Organização dos Países Exportadores de Petróleoestá avaliando os estragos e afirmou que demorará meses até que o país volte à normalidade.

A organização estabeleceu limites para que a produção consiga manter a faixa de preço, que será de, US$ 60,22, mas após a normalidade os contratos de compra irão variar até chegar a US$ 54,85.

“O ataque anulou quase metade da produção saudita, ou seja, 5% da produção mundial, o que evidencia a vulnerabilidade destas infraestruturas aos ataques com drones disse Craig Erlam, que trabalha na corretora Oanda.

“Retirar mais de 5% da oferta global de uma única tacada – um volume que é maior que o crescimento da oferta acumulado em países de fora da Opep entre 2014 e 2018 – é altamente preocupante” concluiu o analista do UBS

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