Por volta das 18h30, no anoitecer desta quarta-feira dia 12, ocorreu um grande incêndio, o fogo que teve início no Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte do Rio, começou na instalação mais antiga do prédio, que foi inaugurada em 2000, de acordo com a direção hospitalar, o foco do incêndio ocorreu devido um curto-circuito no gerador do prédio, espalhando fumaça por todo o prédio.
103 pessoas estavam internadas no hospital quando ocorreu o incêndio, assim que começou, os funcionários começaram a levar os pacientes para a rua, onde 10 ambulâncias da rede de saúde os levaram para os pronto-socoro mais próximos, quando os bombeiros chegaram, cerca de 14 vítimas já haviam sido removidas do prédio, quando deu 20h15 os bombeiros noticiaram que o fogo já havia sido controlado.
Os familiares das vítimas apareceram aos montes no hospital.
“Estou procurando meu pai, graças a Deus já colocaram ele em uma creche. Só que meu pai tem um neuroestimulador, é um aparelho que ele depende para viver. O aparelho ficou lá no quarto 216. A gente pediu para um bombeiro ir lá pegar, sem esse aparelho ele não vive. Se eu pudesse entrar lá, eu pegava” disse uma filha desesperada, que logo após encontrou seu pai.
O pai da jovem tinha 77 anos e desceu as escadas do hospital sem ajuda.
“Graças a Deus meu pai está vivo. Ele conseguiu pegar o celular e me ligou. Uma coisa pavorosa” terminou ela.
“Ela já estava desmaiando quando me ligou. Ela estava no terceiro andar, se não me engano. [Ela ligou] falando que estava desmaiando e pedindo socorro. Muita fumaça, fogo, não tinha como sair” contou Rita Maria, prima da paciente Maria Cristina da Silva.
“A gente tentou descer com ela, mas estava muita fumaça e os Bombeiros mandaram a gente descer. Minha mãe estava acamada, cheia de medicamentos, e não tinha como descer na mesma escada que estavam descendo as pessoas. Não tinha como tirar minha mãe da maca. Ela está reservada em um lugar, mas não sei ainda. ” relatou aflito, o filho de Berta Gonçalves, de 93 anos, que estava no 3° andar, onde ocorreu com maior intensidade o incêndio.
“Começou a aparecer fumaça naquele andar e eu perguntei o que eu ia fazer com os pacientes. Trouxeram um monte de paciente para cá e o meu [paciente] eu não sei se saiu. Ele estava com aparelhos. A gente está procurando ele. Vamos para o [Hospital] Israelita e [Hospital] Quinta D’or para ver se ele está lá, porque aqui ele não desceu” disse Luzinete Mendes, que ajudava um paciente, no entanto, eles se distanciaram e ele desapareceu em meio a fumaça.