Na Síria, 120 igrejas foram destruídas pela ditadura.

O ditador afirma que só está protegendo seu povo.

Em meio as vítimas da sangrenta guerra civil que acontece na Síria, uma vítima ficou em evidencia há pouco tempo em um novo relatório da Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR) – igrejas e locais de culto cristão.

O grupo de vigilância contou que o regime do presidente Bashar Al-Assad e outras grandes facções na Guerra Civil Síria causaram problemas como destruição ou danificação de forma intencional em cerca de 124 igrejas desde o começo da guerra, no ano de 2011.

Grupos terroristas islâmicos, facções da Oposição Armada e outras milícias realizaram ataques deliberais nas igrejas, contudo, analistas do SNHR denunciam o regime de Assad de ser o autor de cerca de 61% dos ataques às igrejas.

Fadel Abdul Ghany, o presidente da SNHR, falou a repórteres na segunda-feira durante uma teleconferência que, ainda que extremistas islâmicos estejam colocando os cristãos como alvos só porque são cristãos, o regime de Assad está mirando qualquer indivíduo que é contra à sua ditadura.

As forças de Assad explicam o porquê dos ataques repetidos contra igrejas, mencionando que as igrejas estavam sendo utilizadas pelas forças de oposição, relata Erica Hanichak, da American for the Free Syria, aos repórteres na segunda-feira.

Ghany disse que Assad é a “principal ameaça” para os cristãos porque ele possui melhores armas para o uso contra suas igrejas.

“Embora o regime afirme que não cometeu nenhuma violação e que está interessado em proteger o estado sírio e os direitos das minorias, ele realizou operações qualitativas para suprimir e aterrorizar todos aqueles que buscavam mudanças e reformas políticas, independentemente da religião. ou raça, e se isso causa a destruição da herança da Síria e o deslocamento de suas minorias “, declara Ghany.

O SNHR acredita que o mundo não pode continuar deixando o diabo tão livre e está solicitando às Nações Unidas e à comunidade internacional em geral que encarem Assad por meio de sanções e também por outros meios.

“A segmentação de locais de culto cristão é uma forma de intimidação e deslocamento da minoria cristã na Síria. O regime sírio sempre invocou slogans positivos pintando a si mesmo como ‘protetor’, mas, na prática, fez o contrário”, falou Ghany . “A Síria não ficará calma sem transição para a democracia e o respeito pelos direitos humanos”.

Comentários
Sair da versão mobile