Os sobreviventes e membros das famílias das vítimas do voo que tirou a vida dos atletas do time da Chapecoense, no dia 29 de novembro de 2016, estão dispostos a fazer um protesto ao final deste mês, em Londres. As pessoas que foram envolvidas na ocorrência estão cobrando da empresa britânica Aon, que é a corretora responsável pelo seguro, os ressarcimentos que devem para as vítimas e famílias do trágico acidente. A aproximadamente três anos depois do acontecimento, eles relatam o não receberam de nenhuma quantia da multinacional britânica, da Tokio Marine ou da Bisa, que são responsáveis pelas apólices.
– A gente é pacífica até onde pode. Depois de quase três anos esperando uma resposta, o seguro se recusa a pagar o que nos é de direito. A gente não está falando de uma empresa de fundo de quintal. Eles patrocinam o Manchester United – disse um dos sobreviventes, o zagueiro Neto.
As famílias contestam o montante da apólice de seguros, que no ano de 2015 era de 300 milhões de dólares (R$ 1,24 bilhão) e desde 2016, passou a ser de 25 milhões de dólares (R$ 103 milhões), mesmo com risco amplificado por fazer o transporte de atletas de futebol.
Tokio Marine e Bisa fazem parte do fundo humanitário, formado com intuito de repassar valores para as famílias das vítimas. A oferta é que cada família aceitasse ganhar cerca de US$ 225 mil (equivalente a R$ 935 mil em valores atuais). Entretanto, elas em troca deveriam desistir das ações judiciais. Até o momento, ao todo 23 delas concordaram com o acordo.
De acordo com as pessoas que estão organizando a manifestação em Londres, as 48 restantes, não quiseram fazer o trato. Elas estimam que em média a quantia correspondente as indenizações varia entre 4 milhões e 5 milhões de dólares (entre R$ 16,6 milhões e R$ 20,8 milhões) para cada família.