“ideologia de gênero” foi o tema usado em apostila destinado a alunos do 8º ano do ensino fundamental.

O governador de São Paulo mandou que fosse recolhido todo o material.

Hoje, terça-feira dia 3, João Doria, o governador de São Paulo, publicou em suas redes sociais, uma nota que determinava o recolhimento de um material escolar, o qual discutia a “ideologia de gênero”. O material está inserido em uma apostila para alunos do 8º ano do ensino fundamental no qual argumentava a diversidade sexual.

“erro inaceitável” declarou Doria em sua conta no Twitter. “Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero” disse o governador.

A Secretaria de Educação de São Paulo publicou uma nota, nesta última segunda-feira dia 2, a qual informa que ela tinha conhecimento desta apostila, e usou como defesa a afirmação de que, o tema “identidade de gênero está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação e também com o Novo Currículo Paulista, aprovado em agosto de 2019” e afirmou que fará uma “apuração da responsabilidade pela aprovação do conteúdo”.

Damares Alves, A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, comentou ao saber desta apostila. “Recebi ontem um alerta sobre este material com ideologia de gênero. É a segunda vez esta semana que acompanhamos a retirada desse tipo de material. Importante à participação da sociedade em qualquer assunto que coloque em risco nossas crianças” declarou ela em seu Twitter

Confira agora a nota enviada pela Secretaria da Educaçãode acordo com o portal PLENONEWS:

Nesta segunda-feira, a Secretaria da Educação tomou conhecimento de que os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental (menos de 10% da rede) receberam as apostilas de ciências do São Paulo Faz Escola em que consta conteúdo impróprio para a respectiva idade e série e em desarranjo com as diretrizes desta gestão. Diante disso, a Seduc-SP esclarece:

1- O tema de “identidade de gênero” está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação e também com o Novo Currículo Paulista, aprovado em agosto de 2019. Assim, o assunto extrapola os dois documentos, que tratam do respeito às diferenças e à multiplicidade de visões da nossa sociedade.

2- A Secretaria da Educação iniciou imediatamente o recolhimento dos exemplares das escolas, nesta terça-feira, dia 3, assim como a apuração da responsabilidade pela aprovação do conteúdo.

3- As apostilas do São Paulo Faz Escola são elaboradas por servidores da rede estadual, desde 2009, que se utilizaram das fontes abertas que dispunham, no caso, de manual do Ministério da Saúde.

4- Não houve prejuízo material para a secretaria, uma vez que trata-se da apostila complementar referente apenas ao 3º bimestre, além de se tratar de apostila consumível, ou seja, que já não seria reaproveitada por outros alunos.

5- As apostilas são material complementar de apoio ao currículo e seu uso fica a critério de cada professor.

6- A Seduc-SP decidiu reestruturar todo o processo de produção das apostilas e já está contratando serviço de revisão externa para todos os materiais.

 

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