Argélia, oficialmente República Argelina Democrática e Popular, está presente na África do Norte, tendo em torno de 99% de seus habitantes de um total de 40 milhões de pessoas que seguem a religião muçulmana. Com isso, há dificuldade em manter uma igreja nesse país para as pessoas da doutrina cristã.
Um fato que ocorreu no dia 25/08 serve como exemplo, pois houve tentativas por parte das autoridades governamentais de fechamento de uma igreja, localizada em Ighzer Amokrane, que conta com 300 componentes cristãos ao todo.
Militares estiveram na parte da manhã na localidade, só que os líderes da igreja já estavam sabendo do mandato para encerrar as atividades no templo e então esperaram juntos a vinda dos militares. Enquanto a situação tentava ser revertida, cristãos se reuniram dentro do templo para orarem para que o caso fosse solucionado de maneira pacífica e estavam sobre a liderança do pastor Salah Chalah. Os religiosos relataram que essa medida do governo era injusta e que por isso iriam permanecer na área.
Contudo, no decorrer da situação um superior da brigada militar combinou um encontro com os líderes da igreja e assim determinou que os militares se retirassem do local, de acordo com o Morning Star News.
“O que acabou de acontecer foi um feito para a igreja argelina”, fala um dos líderes da igreja Ighzer Amokrane, Idjouadiene Madjid. “Permanecemos confiantes no Senhor. A mão que assinou a ordem de fechamento terminará assinando o decreto de seu cancelamento. Eu tenho uma garantia firme disso”.
A partir do final do ano de 2017 o governo da Argélia começou uma campanha que trabalhava contra a permanência de igrejas cristãs, “clandestinas”, no país. Para os templos funcionassem de forma lícita, os líderes deveriam conseguir uma licença emitida através do governo.
Porém, essa licença não é concedida tão facilmente, de modo que a Lei 03/06 que visa à regulamentação do funcionamento dessas igrejas na Argélia aparenta ser mais uma desculpa para a perseguição religiosa aos cristãos.
“A maioria das igrejas da EPA foi desafiada a provar que está licenciada de acordo com uma portaria de 2006 [Lei 03/06] que estipula que todo culto não muçulmano deve ser realizado em prédios especialmente designados para esse fim”, diz um comunicado feito pela imprensa do MEC.