Maria Luquet dispara para o meio gospel: “instagram não é a casa da mãe Joana”

Youtuber criticou a falta de educação dos evangélicos

A Youtuber Cristã e escritora Maria Luquet compartilhou um texto no instagram que tirou o fôlego dos artistas do meio gospel que tanto reclamam da falta de educação dos evangélicos ao postar comentários nas publicações dos artistas do meio gospel. A escritora deixou claro que instagram não é lugar de escrever qualquer coisa ou de atacar o próximo que é ser humano comum, ainda que famoso.

Veja abaixo a publicação na íntegra:

“É como quando alguém entra no seu quarto, vomita, sai e deixa a porta aberta.Ainda que o indivíduo tivesse liberdade de ir e vir, entrar e sair, fez mal uso da mesma.
É o que tem acontecido nas redes sociais. As pessoas tem respaldado suas doenças mentais e emocionais em figuras públicas e instagrams abertos.

Uma tela tornou-se a distância apropriada para o covarde bancar o valentão, para um fake falar “verdades”, pra quem nem arruma a cama dizer que tem a solução pra mudar o mundo, pra quem desonra pai e mãe se mostrar compassivo se “engajando” na causa animal e pra menina que ainda nem saiu das fraldas querer ensinar mulher a ser mulher.
A liberdade se torna invasão de privacidade a partir do momento em que, ao vomitar palavras – ainda que belas, cobertas de razões e argumentos – um ambiente democrático é corrompido.

Todos sabem que a democracia nos dá o direito de falar, mas nem todos entenderam que a democracia também nos dá a oportunidade de calar. A partir do momento em que você usa a sua liberdade de expressão como tentativa de persuasão, a democracia acabou. Se uma pessoa “até pode” pensar diferente de você, mas é ignorante e precisa estudar mais por isso, você é um ditador.

Faça bom uso de sua liberdade, inclusive de se calar, onde não há quem reconheça ou solicite a sua voz.

Não é porque você é bem vindo, que você tem o direito de vomitar no tapete, tirar o microfone da mão do aniversariante, rasgar a bandeira que está no quintal e fincar uma nova, ainda deixando a porta aberta para pessoas desprovidas de educação e respeito como você entrarem.

Uma opinião divergente só balança quem não tem raíz. O problema das pessoas sem identidade, é que elas se amoldam a ideologias e padrões deste mundo. E, a partir do momento em que vce vai contra uma ideia que foi imposta àquele individuo, ele é tomado pelo temor de descobrir uma falha em seu sistema/recurso de sobrevivência, sendo levado ao descontrole. Descontrole tal, que, seus dedos não podem ser contidos paralelo ao breve surto de se crer um PhD em seja la qual for o assunto, face a meros mortais. (continua nos comentários)

Discordar e ter a capacidade de calar e seguir em frente tornou-se artigo de luxo em um tempo onde identidades são jogadas no lixo. Calar sem surtar se tornou o auge da ostentação de saúde mental. É como o famoso “30 todo dia”, parece fácil mas pelo visto, é difícil. Se você precisa viver de comentário em comentário alheio, talvez seja um ato de amor próprio e respeito ao próximo parar de insistir em ganhar na força do braço uma audiência que você não conquistou nem no seu próprio espaço.

Se você quer cinco minutos de fama ou atenção, sugiro que enfie uma melancia na cabeça. Será mais eficaz, chamativo e menos inconveniente.

O “block” está ai, como um lembrete de Mark Zuckerberg de que Instagram não é casa da Mãe Joana. Não gostou da casa do amiguinho? Simples. Vai lá e constrói a sua. Só não queira remover pilares que, ainda que você não saiba, podem ser o sustento da estrutura de alguém.
Em tempos como este, o silencio vale mais do que palavras”, disse a escritora.

 

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