No programa Conversa com Bial , promoveu um debate sobre religião com o pastor Pedrão, líder da comunidade Batista do Rio de Janeiro, e o padre Juarez de Castro. Os líderes religiosos foram chamados por serem considerados descolados e com a linguagem para jovens e por isso falaram no programa sobre temas considerados tabu, como sexo antes do casamento.
“O ideal é que a pessoa consiga se guardar”, afirmou Pedrão.
“Existe o ideal e o mundo real. A diferença é que a igreja funcionava, tanto a católica quanto a evangélica, de uma forma muito punitiva. O que acontece? A gente precisa saber entender esse período de época. A pessoa reconhece que queimou etapas e não tem problema. A gente vai abençoar a sua vida”, complementou o pastor.
“O sexo é a coisa mais linda, a mais bonita que Deus fez. Para que possa unir um homem e uma mulher, que possa unir as pessoas, é a forma mais plena de comunhão entre duas pessoas. Tanto que o casamento só se consuma com o sexo.”
“Por que as igrejas de forma geral falam para esperar? Para que você possa estar junto com aquela pessoa que realmente ama, com quem você realmente quer caminhar.”
O pastor Pedrão quanto padre Juarez afirmou respeitar os homossexuais, mas contaram que não são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“A igreja católica tem como constitutivo do sacramento do matrimônio que seja entre um homem e uma mulher. Isso não significa que a igreja vai ficar condenando as pessoas que são homossexuais”, garantiu Juarez.
O padre foi totalmente contrário às drogas, mas Pedrão avaliou que “quem quer comprar, compra”: “O papel da igreja é dizer ‘não consuma’”.
Os dois se posicionaram contra o aborto. “Esse é um valor inegociável. Vida. E não há nenhuma justificativa que possa interromper a vida. A Igreja não abre nenhuma exceção”, afirmou Juarez.
Pedrão, por sua vez, se posicionou que possa haver critérios para vítimas de abuso.
O apresentador quis saber se religião e política devem se misturar. Para Juarez, o fiel deve ser politizado, mas a igreja não pode interferir partidariamente. Pedrão observou que cargos políticos não podem ser concedidos através da religião.
O pastor Pedrão que é líder da comunidade Batista do Rio de Janeiro, pastor Pedrão contou que nunca “teve tempo para bandalha” e casou cedo com sua esposa, Marisa, com quem está há 34 anos.
“Quando conheci minha esposa aos 17 anos, ela mexeu com o meu coração, eu enlouqueci e o foco foi casar. Casei com 19 anos. Estou casado há 34 anos, sou apaixonado por essa mulher.”
O pastor que participou do reality No Limite, Pedrão foi refém de um sequestro por 21 dias. Foi nesse momento que ele decidiu se tornar pastor.
“A gente às vezes tem o foco em trabalhar, ganhar dinheiro, ter sucesso. Ali, eu parei para pensar que se eu quisesse comprar um sapato para a minha filha, eu não sabia certo o número do pé dela. Lá tinha uma pequena Bíblia, que é entregue em presídio, tinha salmos e ali eu peguei e falei para Deus: se o Senhor me tirar dessa, eu estou fechado contigo.”
Segundo o pastor, sua igreja é “para quem não gosta de igreja”: “Tem um aspecto de teatro, não tem cara de igreja, não tem cruz, não remete a igreja. Uma música boa, contemporânea e a uma palavra que eu dou para que a pessoa me entenda”.
Bem “descolado”, Pedrão teve a grande missão de celebrar o casamento de Eduardo Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, com Heloísa Wolf. O pastor que disse ter conversado com o pai do noivo na cerimônia.
“Bati um papo brevemente. Ele foi muito gentil, muito simpático, é uma pessoa simples no trato.”
“Eu cheguei para ele, no ouvido, e falei: ‘Força na peruca, fica firme, o povo está contigo’. Ele falou: ‘Você não tem ideia do que eu estou passando’. Confesso que me deu pena.”