O papa Francisco denunciou recentemente as práticas de prostituição, que tem aprisionado milhões de mulheres e adolescente ao redor do mundo à exploração sexual. De acordo com o prefácio assinado pelo líder católico no prefácio de um livro que foi lançado nesta segunda-feira (29) esta seria uma “doença da humanidade”.
A obra publicada é de criação do padre Aldo Buonaiuto, que atua na Comunidade Papa João XXIII, uma associação responsável por acolher jovens e adolescentes perdidas no mundo da prostituição.
“Qualquer forma de prostituição é uma redução à escravidão, um ato criminoso, um vício repugnante que confunde fazer amor com os instintos de alguém torturando uma mulher indefesa”, afirmou o Pontífice.
Jorge Bergoglio afirmou também que a prostituição é “uma ferida na consciência coletiva, um desvio ao imaginário corrente”. “É patológica a mentalidade segundo a qual uma mulher é explorada como se fosse uma mercadoria, que se usa e depois se joga fora. É uma doença da humanidade, uma maneira errada de pensar da sociedade”.
Posteriormente, o papa condenou novamente a exploração feminina e elogiou as pessoas que trabalham em posição contrária a essas práticas.
“libertar estas pobres escravas é um gesto de misericórdia e um dever para todos os seres humanos de boa vontade”. Além disso, o grito de dor de todas elas “não pode deixar indiferente nem os indivíduos nem as instituições”, afirma Francisco.
“Ninguém pode voltar as costas ou lavar as mãos do sangue inocente que é derramado nas estradas do mundo”, acrescentou ele.
Em seguida, ele contou sobre uma das visitas que fez a um dos abrigos da Comunidade do Papa João XXIII.
“Não pensei que lá dentro iria encontrar mulheres tão humilhadas, debilitadas, exaustas. Realmente mulheres crucificadas”,contou ele.
“Respirei toda a dor, a injustiça e o efeito da subjugação. Uma oportunidade para reviver as feridas de Cristo. Depois de ter escutado as narrações comoventes e tão humanas destas pobres mulheres, algumas delas com o filho nos braços, senti um forte desejo, quase exigência, de lhes pedir perdão pelas autênticas torturas que tiveram de suportar por causa dos clientes, muitos dos quais se definiam cristãos”, finalizou ele no texto.
Fonte: Ansa