Crítica a intolerância evangélica será o próximo enredo do carnaval 2020 da Mangueira

Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil é visto um crescimento da discriminação religiosa, tendo sido criado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro) por meio da Lei nº 11.635 é resultado do reconhecimento do próprio Estado da existência do problema.

A escola de samba Estação Primeira de Mangueira apresentará um enredo bastante critico que aborda sobre a intolerância religiosa.

No projeto, não haverá alusão a nenhuma religião, porém a trama esta sendo composta para denunciar a pregação discriminatória essencialmente das lideranças evangélicas.

O Carnavalesco Leandro Vieira, colocará no desfile a figura de Jesus na Sapucaí sob o enredo “ A verdade vos fará livre”, diante de um país onde há forte incompreensão da crença do outro.
Vieira se adéqua as religiões de matrizes africanas e relatou e relatou sobre o projeto dizendo: “Vamos falar de um Cristo que condena a hipocrisia dos líderes religiosos e combate o discurso de ódio e a perseguição aos gays”

Vieira também afirma que esta disposto a bater de frente contra pressões de grupos religiosos.
Historicamente falando a intolerância religiosa no Brasil começou com a chegada dos portugueses.
Como o catolicismo não admitia nenhuma outra religião que não fosse a católica, as crenças dos indígenas passaram a ser vistas como maléficas e, portanto, desprezadas.

Com a chegada dos negros que foram escravizados a mesma atitude se repetiu. Para escapar da perseguição dos senhores e do clero, os negros usavam as imagens dos santos católicos em suas cerimônias quando na verdade estavam cultuando seus orixás. Assim começou a relação entre o sincretismo e as religiões afro-brasileiras.

Mesmo o carnavalesco buscando explorar esse assunto, certamente não será de agrado a todos, principalmente pelo fato do próprio prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella ser cristão e Pastor licenciado da igreja Universal.

Na foto, está Leandro Vieira.