Cantor americano afirma que cristãos veem judeus como “um bando de pessoas perdidas”

"Tiveram sua chance, estragaram tudo" afirma.

O cantor e líder de louvou da música judaico-messiânica, Paul Wilbur, fez um alerta aos cristãos sobre alguns erros que a comunidade vem cometendo. De acordo com ele, os cristãos devem se atentar a algumas teologias distorcidas sobre o povo judeu.

“As únicas ferramentas do inimigo que são eficazes no mundo são o medo, a dúvida e a incredulidade. O amor lança fora o medo. Então, se dissermos que amamos o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, mas não amamos Abraão, Isaque e Jacó, nós realmente amamos o Deus deles?”, Questionou ele em uma entrevista ao The Christian Post.

O cantor criticou ainda a interpretação que os cristãos tem de que Israel foi substituída no plano divino pela Igreja como um todo, o que segundo ele, cria uma barreira entre cristãos e judeus.

“A igreja precisa realmente examinar os bloqueios que foram colocados ao longo dos anos entre o Evangelho e os judeus, como a teologia da substituição”. Essa é uma das maiores barreiras para os judeus, porque impede o cristão de orar, acreditar e amar a comunidade judaica. Basta vê-los como um bando de pessoas perdidas que tiveram sua chance, estragaram tudo e agora todas essas bênçãos são minhas” acrescentou Wilbur.

Alem disso, o cantor criticou também a teologia da  dupla aliança, torna válida apenas para os judeus a Antiga Aliança (velho testamento)  e classifica a Nova aliança (novo testamento) como sendo apenas para os gentios, ou não judeus.

“A teologia da dupla-aliança é muito ruim. Ensina a deixar os judeus em paz, pois eles têm um pacto com Deus através de Abraão. Mas o que é esse pacto com Abraão? Aquela aliança através de Abraão não é para salvação, é para a terra”, explicou ele.

“Deus disse: ‘Eu darei a você esta terra’, esse é o pacto abraâmico. O pacto da salvação vem através do Messias de Israel, Jesus, o Rei — temos que ter sangue para expiação [dos pecados]”.

Desta forma, ele afirma que é importante que a palavra seja pregada aos judeus, jogando por terra um pensamento de que devemos simplesmente deixá-los em paz sem que o evangelho seja pregado a eles

“Como eles podem crer naquele que nunca ouviram, e como podem ouvir a menos que alguém pregue, e como alguém pode pregar, a menos que seja enviado?”, perguntou, fazendo menção a fala do apóstolo Paulo em Romanos 10:14.

“Nós vemos que a força das Escrituras sempre esteve focada neste remanescente de pessoas que Deus fez promessas há 4.000 anos. E Ele está determinado a manter essas promessas. Então vemos Israel em uma luz completamente diferente”, finalizou.

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