Em Sri Lanka, monge budista radical faz acusação à minoria cristã

Para o monge, tal minoria foi responsável por destruir a nação

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Durante uma manifestação, o monge budista radical Ganagoda Aththe Gnanasera Thera fez uma acusação à minoria cristã de terem, supostamente, destruído a nação fazendo com que seus seguidores agissem contra eles.

O líder budista, defendendo um governo que é liderado pelos cingaleses com o auxílio dos monges da vertente nacionalista, fez uma declaração que sua religião tem sido ameaçada pelos cristãos.

Gnanasera Thera fez uma citação, que envolveu os ataques feitos no domingo de Páscoa, tendo como alvo igrejas e hotéis, o qual somou num total de 350 mortos e centenas de feridos. Ele não fez menção, contudo, que os cristãos foram a maioria das vítimas e que, não apenas o ataque, eles são sujeitos a xingamentos, saques e ataques físicos nas mãos dos budistas nacionalistas.

O líder radical afirmou que os cristãos destroem a nação ao converter os budistas. Tal tipo de declaração, que enche os nacionalistas, pode resultar numa maior perseguição para as chamadas minorias religiosas, com ênfase da proximidade que há das eleições presidenciais no país.

No mês de maio deste ano, por volta de 30 monges budistas estabeleceram uma liderança de uma manifestação em massa contra as igrejas e as reuniões cristãs no Sri país.

A grande massa se concentrou em frente a uma igreja onde mulheres se encontravam e gritavam ameaças, envolvendo morte e destruição ao prédio. Eles pegaram as bíblias e bateram nas mulheres que se retiravam, apavoradas, da igreja.

Em menos de um mês depois, outra grande multidão, só que desta vez com mais ou menos 2 mil participantes liderados por 30 monges, fez uma manifestação, fazendo com que fechassem lojas e colocando bandeiras pretas penduradas pela cidade, também fazendo ameaças aos cristãos e às igrejas de serem fechadas ou então até mesmo destruídas.

Nesses últimos tempos, a violência causada contra os cristãos têm subido naquele país. Sri Lanka se encontra na 56° posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, o qual foi emitido do documento feito, a cada ano, pelo Portas Abertas.

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