O crescimento de um ponto de vista conservador na política em escala nacional, por meio dos evangélicos, virou alvo de debate dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Um grupo que está agregado na legenda tem se debruçado a respeito do tema com o intuito de entender o “efeito evangélico” nas últimas eleições.
No dia 19 de julho, próxima sexta-feira, o partido realizará um debate em Campinas (SP) com Ronaldo Almeida, professor da Universidade de Campos (Unicamp) que busca defender a tese de que evangélicos causam ódio dentro da sociedade. É grande a sua ambição na tentativa de conhecer mais a influência da visão conservadora no meio evangélico e seus efeitos que causam na política nacional.
A iniciativa surgiu da estratégia que foi exposta através de Fernando Haddad (PT), candidato que perdeu à vaga de Presidência da República no segundo turno para o então presidente Jair Bolsonaro, a fim de que o partido consiga alterar esse cenário. No mês de novembro do ano passado, ele disse que a legenda trabalharia com o intuito de entender e influenciar o eleitorado evangélico focando nas próximas eleições.
Segundo informações contidas no Blog da Rose, o PT tem ciência de que o atual presidente foi eleito, em sua maioria, por pessoas evangélicas. Durval de Carvalho, que atualmente ocupa o cargo de presidente da legenda na cidade do interior paulista, falou que a ideia do evento é ter conhecimento de como lutar contra esse fenômeno: “Eles são portadores de um projeto político de poder que ao meu juízo é uma ameaça ao Estado laico”, afirmou.
Carvalho foi acima disso e ainda falou que o apoio do bispo Edir Macedo ao presidente é causado pela distância que foi concretizada através das pautas que o próprio PT defende, tais como: revolução, feminismo, aborto e ideologia de gênero. “Essas pautas foram afastando esse apoio mais conservador”, falou o militante do partido.