Como se sabe, atualmente em nossa sociedade é muito comum o caso de haver atritos no tocante ao tema religioso, ainda mais quando o assunto é intolerância religiosa. Desta vez, tal caso ocorreu com o candomblé.
Marcelo Bretas, juiz federal da 7° Vara Federal Criminal do estado do Rio de Janeiro, fez uma crítica a uma reportagem pertencente ao Rj TV, da Rede Globo, onde o babalorixá Ivanir dos Santos fez uso de uma referência às igrejas cristâs e sinagogas em uma situação de intolerância contra um terreiro de candomblé.
“A referência feita na reportagem a igrejas cristãs ou sinagogas é absolutamente indevida e lamentável”, relatou o juiz federal por meio do Twitter.
A reportagem narrava acerca do ataque ocorrido por traficantes contra um terreiro que se encontrava dentro do Parque Paulista, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Os traficantes, os quais estavam portando armas, fizeram questão de obrigarem o responsável pelo espaço, que está de pé há 5 décadas a acabar com todos os símbolos que estavam representando os orixás.
Quando foi entrevistado durante a reportagem, Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) do estado do Rio de Janeiro, disse que “se fosse em uma sinanoga ou uma igreja cristã a atitude do Estado seria outra totalmente diferente”.
“Vamos ter que fazer uma vigília na porta do governador”, falou.
A referência de Ivanir à igreja e sinanoga fez com que isso desagradasse o juiz, o qual disse que eles são têm o dever de respeitarem as liberdades individuais, tal como o livre arbítrio religioso.
Conforme dados de relatos pelas autoridades, os traficantes teriam supostamente ameaçado retornar ao lugar a fim de atear fogo no terreiro. Tal caso foi registrado na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decraci) e avança em segredo.