Pesquisa chama atenção na Grã – Bretanha onde houve um “declínio triste” na identidade cristã nos últimos 35 anos, com um “aumento substancial” no ateísmo, de acordo uma pesquisa sobre o estado da nação.
Pouco mais de um terço (38%) das 3.879 pessoas entrevistadas para o relatório de Atitudes Sociais Britânicas se descreveram como cristãs, menos que a metade (50%) em 2008, e quase dois terços (66%) em 1983.
Por outro lado, aqueles que se identificam como muçulmanos aumentaram exponencialmente, de 1% em 1983, subindo para 3% em 2008 e 6% em 2018.
As descobertas representam a primeira vez que a porcentagem daqueles que se descrevem como cristãos caiu abaixo de 40% desde que a pesquisa começou em 1983, embora aqueles que não identificaram a denominação cristã aumentaram de 3% em 1983 para 13% em 2018.
Mais da metade de todas as pessoas entrevistadas (52%) disseram que não pertencem a nenhuma religião, em comparação a quase uma em três (31%) em 1983.
O relatório do Centro Nacional para Pesquisa Social, publicado na quinta-feira (11), disse: “As últimas duas décadas viram conflitos internacionais envolvendo religião e organizações religiosas domésticas, colocando-se em desacordo com os valores tradicionais”.
O documento diz ainda que “encontramos um declínio dramático na identificação com as denominações cristãs, particularmente a Igreja da Inglaterra, um aumento substancial no ateísmo e na autodescrição como ‘muito’ ou ‘extremamente’ não-religioso, mas tolerância da diferença religiosa.”
inabalável”.
“A Grã-Bretanha está se tornando mais secular, não porque os adultos estão perdendo sua religião, mas porque as pessoas mais velhas com um apego à Igreja da Inglaterra e outras denominações cristãs estão gradualmente sendo substituídas na população por jovens não afiliados”, conclui o relatório.
“Para colocar de outra forma, o declínio religioso na Grã-Bretanha é geracional, as pessoas tendem a ser menos religiosas do que seus pais e, em média, seus filhos são ainda menos religiosos do que eles”, explica o relatório.
As descobertas da pesquisa, Andrew Copson, diretor-executivo da Humanists UK, disse: “Pelo terceiro ano consecutivo, a pesquisa British Social Attitudes, o padrão-ouro em dados confiáveis sobre nossa sociedade, mostrou a maioria dos ingleses não são religiosos”.
Copson diz que com essas tendências sendo definidas o país de formular políticas em todas as áreas, como saúde, educação, assistência social e até a lei constitucional, levando em conta “essas mudanças sociais dramáticas, particularmente a ascensão do não-religioso e o declínio do cristianismo.”
Stephen Evans, executivo-chefe da National Secular Society, disse que os números mostram “a necessidade de uma séria repensar os privilégios concedidos à religião na Grã-Bretanha”.