Para muitos evangélicos, o simples fato de pensar que uma transexual possa estar fazendo a obra de Deus, já é motivo para um grande escândalo. Contudo, Luana, filha de um pastor evangélico, não acredita que as coisas sejam bem assim.
Atualmente, aos 39 anos, Luana afirma ser uma transexual evangélica, missionária, e que tem como meta ser pastora. Ademais, ela se expõe como uma serva de Deus. Num momento onde grande parte das igrejas evangélicas e a bancada evangélica que governa o Brasil protegem os valores da família e da vida, com exceção da diversidade sexual, é importante ter conhecimento acerca de como uma transgênero tem suportado sobreviver em um meio tão contrário a essa ideia.
Sua família sempre foi cristã. Luana nasceu dentro da igreja e cresceu ali até os seus 18 anos. Dentro do templo, ela desempenhava diversas funções, chegando, inclusive, a coordenar um grupo de jovens. No entanto, afastou-se após ser questionada por causa da sua sexualidade.
Nesta fase da vida, ela também teve que se afastar da própria família. Porém, certa vez quando entrevista, afirmou que sentia saudades da família e do local de onde frequentava. Em seguida retornou à casa dos familiares.
Nos dias de hoje, Luana não congrega no mesmo local que seu pai, porém segue os fundamentos religiosos e lê a Bíblia todos os dias, chegando até a duas ou três vezes ao dia.
Orações ao acordar, ao se alimentar e ao se deitar tornaram-se uma rotina. Quando o assunto dentro da igreja envolve sexualidade, Luana diz que nunca houve problema algum com relação ao pastor pedir que ela agisse de modo diferente.
Luana fica emocionada e afirma que deseja continuar servindo. “Se tem uma igreja que vai me aceitar e me amar do jeito que eu sou, eu vou continuar servindo. 0, conclui.