Um brasileiro tem feito um importante papel nas missões exteriores evangelizando muçulmanos. Orlando dos Santos, é o nome do homem de Deus, que atualmente atua em seu chamado em tempo integral.
Ele nasceu no Ceará e fez a sua primeira viagem missionária em 1996 para Moçambique. A partir daí, ele não voltou mais a morar no brasil.
Atualmente, ele reside na Zâmbia com sua esposa, que é nativa do local. Ambos realizam um grande trabalho evangelístico no local com comunidades muçulmanas. No centro de apoio do casal, as senhoras podem se alfabetizar no idioma local e as crianças tem a oportunidade de estudar, algo que é muito difícil na região.
Em uma entrevista ao portal Guiame, ele conta parte de sua trajetória e dos trabalhos realizados.
“Costumamos fazer reuniões. Mesmo os maridos que não participam dessas reuniões, insistem para que elas não deixem de ir. Porque eles perceberam que isso mudou a vida delas”, conta Orlando.
De acordo com ele, as diferenças culturais são um desfio a ser superado. “O moçambicano é muito aberto, muito brincalhão, um pouco parecido com o brasileiro. Já o zambiano é mais fechado”, disse ele.
“Quando você apresenta a Palavra de Deus, a resposta do moçambicano é muito diferente do zambiano. O moçambicano vai dizer ‘sim’ rapidamente, muitas vezes, da boca para fora. Já o zambiano vai analisar e, quando diz ‘sim’, é porque realmente entendeu. Isso nos dificulta por um lado, mas facilita por outro, porque você tem a capacidade de formar grandes discípulos melhor do que em Moçambique”, explicou o missionário.
“Dali eu tive o conhecimento que as crianças eram consagradas no oitavo dia pelas avós. Essa consagração explica a batalha espiritual que existe por trás de um africano, muitas vezes. Quando o curandeiro que fez a sua consagração é maior do que o meu, tudo o que você faz acaba ‘pegando’ em mim. Foi aí que surgiu essa ideia de construir a clínica”, acrescentou ele.
“Nós temos como projeto cuidar de mães, onde elas podem ser bem atendidas e conseguiremos consagrar esse bebê [a Deus]. A ideia é fazer uma nova nação, abençoada desde o parto. Pensamos em trabalhar com isso no futuro”, concluiu.