Na última semana,foi polêmica em todo o Brasil a lei do STF aprovada que tornou o crime de homofobia racismo no Brasil.Apesar de haver na lei um parágrafo que ampara a pregação nas igrejas cristãs conservadores sobre o assunto,ainda assim,padres e pastores tem ficado bem receosos com os desdobramentos de interpretação que a lei pode ter.Principalmente no que diz respeito ao fato dos religiosos não quererem realizar casamentos gays.
A lei contém um trecho que chega a punir de 2 a 4 anos com prisão quem “impedir ou obstar,por qualquer meio ou forma,o casamento ou convivência familiar e social”.
Apesar de aparentemente proteger os princípios cristãos na pregação,os religiosos,ainda assim,estão bem receosos quanto a decisão do STF.
O advogado Thiago Rafael Vieira, especializado na defesa de igrejas e presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Religião, considerou que a decisão dos magistrados deixou os sacerdotes num quadro de insegurança jurídica que podem não saber qual seria a decisão de um juiz que considere o fato de não querer celebrar um casamento em pessoas do mesmo sexo uma ofensa ou mesmo,crime de racismo.
“Muitas vezes, um homossexual já parte de uma posição de vítima, ele já se sente pré-ofendido diante do dogma do casamento entre homem e mulher. Então, quando ele procura uma igreja, já vai com pedra na mão, esperando uma recusa”, ressaltou.
“Aí o padre, que é dogmático, vai ser duro e dizer que não casa homossexuais, que é um absurdo. O homossexual, que se sente numa condição prévia de vítima, vai considerar, aos ouvidos dele, um discurso de ódio e denunciar o padre”.
O Pastor Marco Feliciano se pronunciou sobre a decisão do STF e criticou o mesmo,pelo desejo de legislar no lugar do congresso.Feliciano ainda afirmou que a lei é de caráter provisório e que a bancada evangélica vai trabalhar para reverter o quadro e chegar a um decisão que seja boa para ambos os lados.