O bispo Edir Macedo, entrou com um processo na justiça contra um sebo que teria sugerido que sua obra é uma “vergonha para a humanidade”. Os donos do estabelecimento são o casal Luciano Gonçalves e Mariângela Ribeiro.
O motivo para a abertura do processo pelo líder da Igreja Universal do Reino de Deus, foi um banner colocado na vitrine do sebo como mostra a imagem abaixo:
“Sempre tivemos uma pegada mais de esquerda. A ideia era ser algo divertido”, afirma Luciano. “A gente acha que um sebo é diferente de uma farmácia ou outra loja que simplesmente vende produtos. Nós trabalhamos com ideias. E algumas a gente gostaria de ver multiplicadas mais do que outras.” Explicou o marido.
O banner viralizou na internet, até que chegou as vistas do líder da igreja, ou a um de seus advogados. Sendo assim, um pedido extrajudicial foi encaminhado ao casal para que retirassem o material da vitrine da loja.
“Nunca tinha tido nenhum tipo de conflito na Justiça. Então, eu fiquei bastante assustada com a notificação, mesmo sendo extrajudicial (ou seja, sendo apenas um ‘pedido’, sem envolvimento da Justiça)”, disse Mariângela.
Mesmo depois de tirar o material, o processo foi aberto contra o casal. De acordo com a assessoria de Edir, o texto “supõe-se que seja administrado por pessoas esclarecidas, que sabem que não há mais espaço no Brasil para o preconceito e o ódio religioso”.
“Trata-se de algo que não pode ser tolerado pela sociedade, nem por parte de grandes redes de lojas, tampouco em comerciantes locais”, completou.
O casal então, resolveu se esclarecer.
“Não estamos discriminando ninguém, muito pelo contrário, estamos convidando as pessoas a entrarem”, afirma Luciano. “E em nenhum momento citamos a religião no banner”, acrescentou.
“Minha crítica é à obra dele, uma opinião que eu tenho todo o direito de ter. Não estou xingando a pessoa dele nem falando mal da religião.”
Sendo assim, Edir Macedo finalmente se posicionou sobre o assunto em uma nota.
Ao falar sobre o possível dano que um banner pode causar a um líder religioso tão conhecido, a assessoria de imprensa afirmou que “o tamanho da ofensa não pode ser medido pela importância do ofendido”
“Um ator famoso que é vítima de preconceito racial em um restaurante não deveria reagir ou se sentir ofendido pelo crime praticado contra ele, enquanto um cliente anônimo pode?”, completa.