Suécia proibe orações em locais de trabalho e escolas.
O país tem mostrado cada vez mais aversão aos viéis religiosos
De acordo com o jornal Kristianstadsbladet, os governadores do município de Bromölla, na costa nordeste de Skåne, o banimento das orações não compromete a liberdade religiosa dos cidadãos, visto que também está incluído na liberdade de religião, o “direito de evitar a expressão religiosa pública”.
Além disso, esta não é a primeira vez que o país toma atitudes contraditórias ao liberalismo ocidental. Em 2017, os cidadãos foram proibidos de registrar matrículas com quaisquer conotações religiosas. No mesmo ano, crianças foram proibidas de falar sobre a Bíblia e orar em uma escola cristã.
Segundo Laurence Wilkinson, representante do grupo jurídico cristão Alliance Defending Freedom, ele teria questionado o motivo pelo qual o governo decretou a proibição.
“Eles essencialmente justificaram que, sob o direito à liberdade religiosa, há também o direito de não ser submetido à religião, e o direito de evitar a expressão religiosa pública é como eles o enquadraram”, explicou o defensor cristão em entrevista ao Premier.
“Mas é claro, isso geralmente é entendido no contexto de uma oração formal para começar talvez uma reunião do conselho”, completou Wilkinson.
Entretanto, o conselho argumentou em resposta que a proibição não é discriminatória de maneira alguma, pois afeta todas as religiões e não apenas uma só.
Wilkinson discordou das afirmações, alegando que os muçulmanos seriam sem sombra de dúvidas mais impactados pela proibição, uma vez que eles rezam cinco vezes por dia em momentos específicos de acordo com as exigências de sua religião.
“Acho que, olhando para o conteúdo, diz-se que afeta a todos, por isso procuraram justificá-lo dizendo: ‘ouçam, não estamos escolhendo nenhum grupo em particular aqui, não achamos que as pessoas devam gastar horas de trabalho orando’”. Rebateu ele.