Conheça o evangélico que sobreviveu a tragédia, cuja voz foi silenciada pela Vale
Conheça o evangélico cuja voz foi silenciada pela Vale na tragédia fatal.
Conheça o evangélico que sobreviveu a tragédia, cuja voz foi silenciada pela Vale. Wilson José da Silva, evangélico de 53 anos, que além das vozes que clamavam por socorro também foi silenciada por uma das barragens da Vale em Brumadinho.
Wilson, funcionário da Vale tornou-se conhecido, quando um vídeo em que aparecia cantando ao lado de outros funcionários também da empresa nos vestiários da empresa viralizou. O operador de máquinas evangélico era conhecido pela sua fé, e a voz do Adorador foi calada de forma criminosa. somente após mais de duas semanas do rompimento da barragem que seu corpo foi encontrado.
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Esposo de Aparecida, ainda sem filhos, o evangélico cantava a música “Noites traiçoeiras” com os colegas semanas antes do acidente em Brumadinho. A família de Wilson não sabe confirmar a data exata da gravação. No entanto afirma que o vídeo não foi filmado no dia do rompimento da barragem.
“É meu tio no vídeo. São os olhos dele É de semanas anteriores à tragédia. Um amigo mandou pra gente, ele tinha gravado e nos mandou para consolar a família, ver a felicidade dele no trabalho”, conta Carlos Eduardo, sobrinho da vítima.
Eduardo continuou dizendo: “Ele sempre foi amado por todos. O carinho que ele tinha pelas pessoas era fora do comum. Ele era amado e amava muito o que fazia. Sempre comentou que o sonho dele era trabalhar ali (na Vale). Ele achava pouco o que ele fazia. Queria sempre mais. Falava que aquilo era uma família. Era sua segunda família. Infelizmente teve esse acontecido”
Wilson não era o único da família a trabalhar na empresa de mineração. Alejandro Braga, pai de Carlos Eduardo, também é funcionário da Vale, assim como outros familiares do sobrinho de Wilson. O pai da vitima trabalhou na noite anterior a tragédia. Ele deixou a mineradora na manhã do acontecido, quando trocou de turno com seus companheiros.
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Mirian Amorim, de 36 anos, companheira de trabalho de Wilson José por três anos, lembra com carinho do colega religioso e de bom coração.
“Lá a gente não podia fazer café. Era uma norma de segurança. Ele (Wilson) buscava café para todos. Era o ‘amigo do café’. Distribuía café para todos e levava lanches de casa para o pessoal”, contou Miriam.