A bancada evangélica tem se articulado muito bem com o atual governo e defende que o Presidente Bolsonaro nomeie alguém da bancada evangélica para comandar a Secretaria-Geral da Presidência –caso o general Floriano Peixoto deixe o cargo.Marco Feliciano seria o nome mais cotado —é da bancada, está próximo de Bolsonaro, é amigo de Olavo de Carvalho, guru do presidente, não faz sombra para Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e se dá bem com Fabio Wajngarten, da Secom (Secretaria de Comunicação).
Rogério Marinho foi outro nome que passou a circular para assumir a articulação política , ele que é secretário especial da reforma da Previdência e braço direito do ministro Paulo Guedes, da Economia.Ele passaria a trabalhar no palácio, depois da reforma, como articulador de outros temas.
Vale lembrar que segundo o site a Secretaria-geral tem as funções menos explícitas, pois é responsável por auxiliar o presidente na ‘articulação com a sociedade civil’, o que, na prática, abrange assuntos muito variados. A lei 10.683/03, que estabelece suas funções, determina que a Secretaria-geral seja responsável:
Pelo relacionamento e articulação com as entidades da sociedade civil e a criação e implementação de instrumentos de consulta e participação popular de interesse do poder Executivo;
Pela elaboração da futura agenda do presidente;
Pela preparação e formulação de subsídios para os pronunciamentos do presidente;
Pela análises de políticas públicas e temas de interesse do presidente e na realização de estudos de natureza político-institucional; e
Pela formulação, supervisão, coordenação, integração e articulação de políticas públicas para a juventude e na articulação, promoção e execução de programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação de políticas de juventude.
Mas a própria lei reconhece que a Secretaria-geral pode ser usada como um ‘curinga’ pelo presidente, ficando responsável pelo exercício “de outras atribuições que lhe forem designadas pelo presidente da República”.
É por isso que a Secretaria-geral têm tanto prestígio, pois além de funcionar como interlocutora da presidência em relação às instituições da sociedade civil (sindicatos, empresas, fundações, associações, organizações religiosas etc), e ajudar a moldar sua agenda de governo, ela também funciona como uma espécie de ‘faz tudo’ do presidente, a quem o presidente delega as tarefas que não se encaixam bem em outro lugar, ou que, embora possam ser delegadas a outro órgão, ele prefere manter perto de si naquele caso específico. E, para ocupar tal cargo, o Secretário-geral da presidência precisa ter a confiança total do(a) presidente.