Ministro da saúde reconhece que as igrejas cumprem o papel do estado
atualmente, 41% das instituições que prestam apoio a dependentes quimicos pertencem a igreja evangélica.
Luiz Henrique Mandetta, atual ministro da Saúde. Falou sobre a importância das igrejas no Brasil, destacando o incrível papel que elas desempenham na área social e também na área da saúde. Ele se referiu as comunidades terapêuticas cristãs como as principais responsáveis na ressocialização de dependentes químicos no país.
Segundo ele, em sua visão as igrejas “acabam cumprindo o papel do estado”, que seria promover um tratamento de qualidade para os usuários de drogas, de modo a gerar melhores índices de saúde pública. Atualmente, 41 % das instituições voltadas para esses fins no Brasil, ou são pertencentes a igrejas, ou funcionam com o patrocino das instituições religiosas, podendo assim, prestar serviço de qualidade em atendimentos gratuitos para os dependentes químicos. Além disso, Outros 26%, funcionam a partir de comunidades católicas. Sendo assim, apenas 19% são de instituições sem fins lucrativos, não se tem informações acerca dos outros 14% segundo a Agencia do Brasil.
O ministro Mandetta, também falou sobre a eficácia do trabalho das organizações religiosas.
“A medicina não tem uma solução fácil para a questão das drogas. As drogas acabam sendo uma questão de troca, de conversão. A pessoa vai ter um filho. Em nome desse filho, ela larga o vício das drogas. Em nome da mãe, em nome do pai, de um novo amor, um uma estrutura familiar, ela larga”, disse ele.
O posicionamento do ministro possui um grande valor no contexto atual, pois recentemente, alguns especialistas defenderam a ideia de que o cuidado com os dependentes químicos deveria se restringir aos Centros de atenção Psicossociais. eles alegam isso, sob acusação de que as comunidades terapêuticas não são eficazes para a saúde pública porque segundo eles, reproduzem uma lógica de funcionamento de manicômio e por isso deveriam ser banidas.
Entretanto, não é o que mostram as pesquisas e nem a opinião populacional. Com isso, o estado agora também reconheceu que não daria conta de executar na sociedade o papel das igrejas.