Foi enterrado no fim da manhã desta segunda-feira(17) o corpo do Pastor Anderson do Carmo que foi assassinado dentro de casa,neste domingo.A cerimônia foi marcada por forte comoção generalizada.O Pastor era muito querido e respeitado por seus colegas de ministério.O enterro contou com a presença de vários políticos,pastores,cantores e admiradores do pastor,que vieram até o Memorial Parque Nycteroy,em São Gonçalo para dar um até breve ao estimado pastor.
A esposa de Anderson do Carmo,cantora e deputada Flordelis estava visivelmente abalada e falou sobre os últimos instantes ao lado do marido:
“Ele preferiu arriscar a sua vida pela minha vida e dos nossos filhos. Estávamos voltando de um passeio e como sempre ele deixou o portão aberto. Ele abriu a porta para pegar a mochila e deixou a garagem aberta. Eu estou aqui me despedindo do meu marido. A vida do meu marido foi interrompida de forma violenta. Eu só peço a Deus que me dê força. Vamos continuar lutando contra a violência no nosso país e no nosso Estado. Que Deus renove as nossas forças. Mesmo com a morte do meu marido eu acredito no Rio de Janeiro, essa violência vai ter fim”,lamentou Flordelis.
O filho biológico do casal que também é político, o vereador Misael da Flordelis, teve de ser amparado por amigos e não quis dar nenhuma declaração a imprensa.
O senador Arolde de Oliveira também esteve no sepultamento e falou sobre a pessoa de Anderson:
“Para nós que somos próximos e estamos juntos há tantos anos, tanto na família quanto no ministério pastoral deles, foi um golpe muito grande. Nós temos que aceitar, somos pessoas de fé, é a vontade de Deus. A saudade vai ficar, temos que honrar a memória do pastor e preservá-la. Vamos tocar em frente. O ministério da Flordelis tem que continuar, em todas as suas frentes, nas etapas ministeriais da igreja, na familiar, e na política, onde estamos desempenhando um trabalho dedicado aos mais necessitados, na inclusão de crianças através da adoção. São projetos que não podem ser interrompidos e dos quais o pastor Anderson era um dos idealizadores e promotores”.
Arolde que faz parte do PSD,cujo presidente era o Pastor Anderson do Carmo ainda rejeitou a possibilidade do crime ter ocorrido por motivação política.
“Não acredito que houve motivação política nenhuma. Ele era secretário-geral do PSD, nosso partido está absolutamente tranquilo e organizado, com decisões colegiadas, não havia decisão monocrática, sempre foram coletivas. Estávamos muito felizes com o trabalho dele, não vejo esse caminho político. Cabe a Deus esclarecer quais foram as motivações. E também esperamos que a Justiça esclareça o que aconteceu, seja o que for “,declarou Arolde.